Os dados analisados pela Bloomberg Intelligence mostram que em Portugal, em 2013, apenas 5% dos lugares em administrações de empresas no índice bolsista Stoxx Europe 600 eram ocupados por mulheres.
O segundo lugar nesta tabela é ocupado pela Grécia, com 6,7% dos lugares de administração no feminino, e de seguida surge a Itália, com uma percentagem de 10,5%.
Em contrapartida, é na Noruega que os Conselhos de Administrações contam com mais mulheres (cerca de 40%), depois de em 2003 o país ter tornado obrigatória uma quota mínima de 40%. Seguem-se a Finlândia e a França, que adotaram também legislação nesta área, acrescenta a Bloomberg.
Itália, Espanha, Alemanha, Bélgica e Holanda têm igualmente regras legais que impõem quotas mínimas quanto à presença de mulheres em administrações de empresas.
“Parece tão anacrónico no mundo moderno termos tão poucas mulheres em Conselhos de Administração”, comentou em declarações à Bloomberg Helena Morrissey, fundadora do 30% Club, que tem como objetivo aumentar para esse nível a presença de mulheres em administrações nas empresas do índice FTSE 100.
A mesma especialista considera que, nalguns países, o baixo número de administradores do sexo feminino poderá ser uma das causas para os problemas de crescimento económico.