Poiares Maduro diz que "descida de impostos será sempre uma decisão coletiva do Governo”

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, disse ontem, na Guarda, que uma eventual descida de impostos “será sempre uma decisão coletiva do Governo no seu todo”.

“Como, o quando exato, qual é o imposto em concreto em que isso será feito, será sempre uma decisão coletiva do Governo no seu todo”, disse o ministro aos jornalistas, na Guarda, à margem da inauguração de uma nova linha de montagem da empresa SODECIA.

Poiares Maduro lembrou que a posição do Governo sobre a matéria “é muito clara e já foi afirmada pelo senhor primeiro-ministro”.

“Não há nenhum Governo que goste de aumentar impostos. Todos os governos, pelo contrário, gostariam de baixar os impostos. Mais, este Governo reconhece que a carga fiscal em Portugal é elevada, gostaríamos de baixar essa carga fiscal, mas só o iremos fazer com a mesma responsabilidade com que temos agido sempre ao longo destes três anos de Governo”, disse.

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional assegurou que “é isso que os portugueses podem esperar: quando for responsável baixar a carga fiscal, quando o podermos fazer, é seguramente uma prioridade para este Governo”.

Poiares Maduro falava na Guarda onde inaugurou a nova linha de produção de caixas de velocidades da Daimler [FDCT (Front – Dual – Clutch – Transmission) – Daimler], na empresa SOCECIA, que representou um investimento de cerca de 5,5 milhões de euros e permitiu criar 54 postos de trabalho.

No discurso inaugural, o governante referiu que a competitividade económica “é o grande desafio” do país e disse que empresas como aquela “são fundamentais” para a transformação da economia nacional.

A “grande parcela” dos próximos fundos comunitários vai ser para o apoio às empresas, para que sejam competitivas internacionalmente, disse.

Referiu ainda que o país não pode ter “duas velocidades”, daí que é necessário aplicar uma “diferenciação positiva” a favor das regiões do interior.

A empresa SODECIA da Guarda, instalada no Parque Industrial daquela cidade, tem atualmente 130 trabalhadores.

Segundo o representante da empresa, André Ferreira, a unidade instalou-se em 1988 e produz componentes para a industrial automóvel ao nível da suspensão, depósito de combustível, caixas de velocidade e carroçarias, entre outros.

O projeto hoje inaugurado é, a todos os níveis, “um grande desafio” para a empresa, observou.

“Queremos demonstrar que, na Guarda, somos tão competentes e competitivos como em qualquer parte do globo”, justificou.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, destacou o facto de a empresa ter sido apoiada por fundos comunitários e ter criado novos postos de trabalho no concelho.

Pelas indicações recebidas por parte da administração, a SODECIA criou 54 novos postos de trabalho, mas “prevê chegar aos 84”, disse o autarca.


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