Paula Silva, de 59 anos, natural do Porto, coordenou, entre outros projetos, a conservação e qualificação da Igreja e Mosteiro da Serra do Pilar, em Vila Nova Gaia, como quadro da ex-direção-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), e a conservação e consolidação estrutural das muralhas de Valença do Minho.
A habitação paroquial de S. João Novo, no Porto, as obras de conservação e restauro da Igreja da Misericórdia, em Braga, e a consolidação dos paramentos da Fortaleza da Ínsua, em Moledo, no Alto Minho, são outros projetos em que participou.
A musealização da Fonte do Ídolo e a valorização da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, ambas em Braga, a conservação e valorização do Castelo do Sabugal, na Beira Alta, foram outros projetos sob a sua alçada.
No âmbito da Comissariado para a Renovação Urbana da Área de Ribeira/Barredo (CEUARB), no Porto, foi responsável pela requalificação de habitações, estabelecimentos comerciais e arranjos envolventes, assim como o arranjo urbanístico do largo Ator Dias, do Passeio das Virtudes e do largo da Alfândega, também no Porto.
Ainda no âmbito do CEUARB, em coautoria com Audemaro Rocha, assinou dois edifícios na rua Escura e a recuperação de vários edifícios nas ruas dos Armazéns, de Santana e na de Miragaia.
No âmbito do terceiro Quadro Comunitário de Apoio (2000-2006), coordenou a área de descentralização da Cultura.
Segundo o currículo da arquiteta, facultado à Lusa, Paula Silva liderou o processo de procura de soluções de financiamento, nomeadamente aos fundos estruturais, e esteve ligada à direção-geral de Enterprise & Industry, da Comissão Europeia, no sentido de promover ações de conservação e valorização do Património da Região Norte, de 2009 a 2013.
Colaborou ainda com a Agência de Energia do Porto, no manual de bons procedimentos para a eficiência energética dos edifícios do Centro Histórico do Porto.
Paula Silva fez parte de vários organismos oficiais, entre os quais o Turismo Porto e Norte, o conselho geral da Fundação Cidade de Guimarães, do conselho de administração do Coliseu do Porto e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte, da secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, do grupo técnico coordenador da Rota das Catedrais e do grupo de trabalho para a abertura do Museu do Coa.
Como diretora regional de Cultura do Norte, promoveu a adesão da região à Plataforma Europeia EVOCH (Economic Value of Cultural Heritadge), inaugurou o espaço Património a Norte, no Mosteiro da Serra do Pilar, e reabriu a Casa das Artes, no Porto.
Paula Silva fez parte das comissões técnicas de acompanhamento de revisão dos planos diretores municipais do Porto, Santo Tirso, Penafiel, Marco de Canaveses, Vila Real e de Valença do Minho.
Licenciada em Arquitetura pela Escola Superior de Belas do Porto, mestre em Arqueologia pelo Instituto de Ciências Sociais de Universidade do Minho e com uma pós-graduação Erasmus em Conceção, Construção e Gestão do Espaço Urbano Construído, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tem várias obras publicadas e proferiu diversas comunicações e conferências, em fóruns nacionais e estrangeiros.
“As Termas Romanas de Bracara Augusta” é uma das obras de sua autoria, assim como diversos artigos publicados em revistas científicas e da especialidade, entre as quais “A intervenção arquitetónica nos Centros Históricos”, “Intervenções da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais”, “Metodologias de intervenção, uma experiência: a Igreja de S. Pedro de Rubiães em Paredes de Coura”, “O Douro: Perspetivas para a conservação do Património como fator de desenvolvimento” e “Património e Memória”, prefácio da obra “Românico do Vale do Sousa”,
Professora na Escola Superior da Gallaecia, em Vila Nova de Cerveira, no Alto Minho, de 2004 a 2006, fez parte do júri para licenciatura na Faculdade de Arquitetura de Lille, coorientou estágios e teses no âmbito de mestrados, licenciaturas de arquitetura e admissão à Ordem dos Arquitetos.
Paula Silva foi membro de vários comités científicos internacionais, como, entre outros, o do III Fórum Internacional Património Arquitetónico Brasil/Portugal, organizado pela Pontificia Universidade de Campinas, do Brasil, no ano passado.