A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) estão de acordo com o aumento do salário mínimo nacional.
“Estamos perfeitamente disponíveis para esta melhoria do salário mínimo. Pode ser, como tem sido falado, para os 500 euros”, disse à Renascença, o presidente da CIP, António Saraiva.
No mesmo sentido, o presidente da CCP, João Vieira Lopes, pede ao Governo que tome decisões até outubro para que a subida do vencimento mínimo possa entrar em vigor já no próximo ano.
“Consideramos que essas decisões devem ser tomadas o mais tardar até outubro porque há muitas empresas que têm contratos para o ano e precisam de saber com que grelhas salarias vão trabalhar”, explica.
João Vieira Lopes é da opinião que “a recuperação da economia passa em parte significativa pela dinamização do mercado interno” e que o aumento do salário mínimo “é uma medida que pode ser um sinal importante”.
A posição dos patrões é assumida depois de o primeiro-ministro ter admitido, este domingo, disponibilidade para negociar com a concertação social. “Digo perante o país que o Governo está disponível para aprofundar o esforço de concertação de modo a trazer para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão do que tem a ver com as condições da negociação colectiva”, afirmou Pedro Passos Coelho durante a sua intervenção no encerramento do 13.º Congresso Nacional dos Trabalhadores Social Democratas, em Albufeira.
O valor do salário mínimo nacional pago em Portugal é de 485 euros brutos.