Em causa estão 229 empresas, das quais 15 são de grande dimensão.
Nos primeiros dois meses do ano, duplicou o número de empresas que abriram processos de despedimento coletivo. E o número de trabalhadores que poderão perder o seu emprego na sequência destes processos disparou 171%. De acordo com os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), 229 empresas iniciaram processos de despedimento coletivo até fevereiro, mais 100,9% face ao período homólogo. Em causa estão 2.544 trabalhadores a despedir (mais 170,9%), que representam, ainda assim, apenas 8,3% do total de funcionários. Isto porque, ao todo, as empresas que iniciaram processos contam com mais de 30,5 mil trabalhadores. A esmagadora maioria (mais de 22 mil) está concentrada em 15 grandes empresas embora o número de despedimentos previsto, neste caso, fique em 420. O maior número de despedimentos esperado (1.158) situa-se nas médias empresas (55). Mas, por outro lado, há mais micro e pequenas empresas a iniciar despedimentos (79 e 80, respetivamente).
Processos concluídos também aumentam
Os dados da DGERT não permitem aferir quantos destes processos iniciados já estão concluídos. Sabe-se, no entanto, que, em janeiro e fevereiro, 207 empresas concluíram os seus processos de despedimento coletivo, mais 30,2% face ao mesmo período do ano anterior. Nestes processos já encerrados, 1.799 trabalhadores foram despedidos (mais 44%), somando-se ainda sete funcionários que rescindiram o contrato por acordo. Há ainda 58 pessoas envolvidas noutras medidas. Contas feitas, 1.864 trabalhadores acabaram por perder o seu posto de trabalho na sequência de um despedimento coletivo, o que representa uma subida de 40,7% face aos dois primeiros meses de 2012.