Estreia hoje, dia 14, a nova aventura do Projéc~; chama-se “Finalmente [em quatro andamentos]” e é levada a cabo no âmbito do seu laboratório criativo, o Lab~.
Foram desafiados quatro criadores guardenses a encenar, cada um deles, uma peça com o mesmo tema: o fim. Quatro artistas, quatro pontos de vista, quatro abordagens criativas, o mesmo “Fim”. Daniel Rocha, Daniel Martins, João Louro e Élia Fernandes são os encenadores convidados. Entre hoje e sábado (de 14 a 16 de março) o espetáculo sobe ao palco do pequeno auditório do TMG com sessões às 21h30.
Na história de Daniel Rocha há uma casa em construção e duas pessoas que não se conhecem, mas que se relacionam profissionalmente. Com eles ficaremos a saber mais sobre as estranhas errâncias do Fim. O texto e encenação são de Daniel Rocha e a interpretação estará a cargo de Carla Morgado e Pedro Sousa. Daniel Rocha iniciou-se na encenação em 2007 num curso promovido pelo Inatel e pelo TMG que teve como orientador Gil Nave. Desde esse curso, tem vindo a preparar pequenas encenações em contexto escolar e formativo. Tem colaborado, como actor e autor, em vários espectáculos do TMG, como o Julgamento e Morte do Galo do Entrudo.
No segundo andamento de “Finalmente” surge a trabalho de Daniel Martins. O criador guardense mostra que «… unicamente o infinito pode ter fim!», numa interpretação de Paulo Lisboa e Paula Costa com encenação de Daniel Martins e Tânia Maria.
Na versão de João Louro, o “fim” é «Um dia bem passado entre a vida e a morte nas viagens que se somem no trilho da sorte de cada homem e seu filho». O texto é de Galo Porno; a encenação é de João Louro; a interpretação de João Neca, Nuno Tavares, Carlos Morgado e Filipe Ruas; a música/sonoplastia tem a autoria de João Clemente, o vídeo de Mecca e a voz off de Américo Rodrigues. João Louro nasceu na Guarda em 1979. É licenciado em Design Multimédia pela Universidade da Beira Interior. Entre 1996-2006 integrou várias peças como actor no Teatro Aquilo no qual colaborou também como cenógrafo, figurinista e em bandas sonoras. Posteriormente encenou “Gregoire” com texto de Galo Porno e realizou “Fado Citrino”.
O último andamento de “Finalmente” é o da criadora Élia Fernandes. A encenadora apresenta um excerto da obra ”O Fim” de António Patrício, peça estreada em 1909, integrando-se na estética teatral simbolista. Este trabalho conta com a interpretação de Teresa Mendonça e de Américo Rodrigues. Élia Fernandes é co-fundadora do Aquilo-Teatro e da Associação Luzlinar. Como actriz participou em “Nana Ina Não…”, “O homem de V.W branco da minha juventude”, “A morte de príncipe”, “ A mão deslizante sábia no amor e deslizante” e “O amor a dois”. Desenhou figurinos e criou música original para várias peças. Encenou “Memória de sombras e de pedra”, “Duendes do lago”, “A menina do circo” e “Escolinha do mar” e “O amor está no ar”, entre outras. “Finalmente [em quatro andamentos]” fica em cena até sábado, dia 16 de março, o espectáculo é para maiores de 16 anos.