A Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) vai vender, nos seus museus, «edições de qualidade, livros de cultura e de arte, música e CD», em troca de «um contributo solidário».
A iniciativa, «em prol dos mais carenciados», decorrerá, nos «serviços que integram a nova rede de museus do Centro/DRCC», na «sexta-feira santa, no sábado e no domingo de Páscoa» (dias 29, 30 e 31 de março), disse hoje à agência Lusa Celeste Amaro, diretora da DRCC. Além de tornar acessível ao público «obras de qualidade», editadas pela DRCC e pelas sete instituições que, na região Centro, integram a Rede Portuguesa de Museus, a feira pretende assumir-se também como «uma forma de contribuir para a sociedade civil, em tempos de crise», sublinhou Celeste Amaro. As receitas reverterão «integralmente a favor da Cáritas Diocesana» da região em que se integra cada um dos museus, disse a responsável, adiantando que ainda não está definido se «o contributo solidário» – cujo valor «será sempre simbólico» – será cobrado em função das obras adquiridas, da visita ao espaço ou de acordo com aquilo que cada visitante e/ou comprador quiser contribuir. Cada um dos museus participante na feira terá à venda cerca de um milhar de edições, calcula Celeste Amaro, revelando que também a biblioteca da DRCC integrará o espólio a transacionar, já que «não faz muito sentido» este serviço manter uma biblioteca, com «alguns milhares” de exemplares, que “não está vocacionada para ser aberta ao público». Com a iniciativa também se pretende reforçar «o sentido de aproximação e serviço dos museus à população local, ultrapassando o papel exclusivo de exposição de acervos», salienta Celeste Amaro, reconhecendo que, deste modo, a DRCC e respetivos museus também se libertam de um património que não é sua vocação conservar. Além de potenciar «a dimensão social da Cultura», a DRCC acredita que o certame contribuirá para uma aproximação dos seus serviços ao público, preocupação em relação à qual está a estudar, designadamente, a alteração de horários. A feira solidária decorrerá nos museus de Aveiro, da Guarda, de José Malhoa e da Cerâmica (nas Caldas da Rainha), Joaquim Manso (Nazaré), Francisco Tavares Proença (Castelo Branco) e no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (Coimbra).