Município da Guarda homenageia frei Pedro e bispo revalida pedido de canonização

O município da Guarda homenageia hoje, dia 27 de julho, frei Pedro da Guarda e o bispo da diocese presidirá a uma eucaristia na qual revalidará o pedido de canonização do religioso nascido no século XV.

Segundo a autarquia da Guarda, presidida por Carlos Chaves Monteiro, o programa que assinala a data do aniversário do falecimento do religioso (27 de julho de 1505) começa pelas 18h00, na Sé Catedral, com uma eucaristia de ação de graças pela vida e obra de frei Pedro da Guarda, presidida pelo bispo da diocese, Manuel Felício, e “o pedido da sua canonização”.

Pelas 19h00, no Largo Frei Pedro da Guarda, onde existe um painel de azulejos com a imagem do religioso, decorrerá a cerimónia de deposição de uma coroa de flores, a leitura do “Auto de Notícia”, a deposição do “Auto de Notícia” e o lançamento da 1.ª pedra das obras de requalificação do referido largo, situado no centro da cidade, em frente do antigo edifício do Governo Civil.

Mais tarde, pelas 20h00, no pátio do museu da Guarda, serão proferidas intervenções por Vítor Gomes Teixeira (professor universitário) e pelo presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro.

A Câmara Municipal da Guarda lembra, em comunicado, que “foi responsável pelo último processo de canonização de Frei Pedro da Guarda, no século XIX, optou ainda pelo Dia de Frei Pedro da Guarda, 27 de julho, como Feriado Municipal, aquando da instituição dos Feriados Municipais em outubro de 1910”.

“Instâncias superiores terão preterido o Dia de Frei Pedro da Guarda, em favor do atual feriado [que se assinala a 27 de novembro]. Em 2021, a autarquia guardense relança a Causa da Canonização de Frei Pedro da Guarda, passando a consagrar o dia 27 de julho, como ‘Dia de Frei Pedro da Guarda’”, acrescenta a fonte.

Frei Pedro da Guarda nasceu em 1435 na cidade mais alta do país, filho de João Luís, tecelão, e de Ângela Gonçalves.

Tornou-se frade franciscano aos 25 anos e “dedicou-se ao resgate de viajantes perdidos na neve das montanhas, fazendo-se para tal sempre acompanhar do seu cão Serra da Estrela, atribuindo-se-lhe o salvamento de centenas de vidas”, lê-se.

A autarquia sublinha que o religioso “assistia também aos doentes, tendo fundado para o efeito o primeiro hospital da Guarda”.

“A sua fama de santidade e notoriedade, em contraste com a sua profunda humildade, levaram-no, com 50 anos, a acolher-se ao Convento de São Bernardino, na ilha da Madeira, então quase despovoada, onde faleceu aos 70 anos, intitulado de Servo de Deus”, conclui.


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