Segundo um comunicado do Exército, estas patrulhas correspondem a uma “solicitação efetuada pela Proteção Civil”, e vão envolver, “diariamente, 284 militares de 25 unidades do Exército”.
“O Exército continuará a manter o apoio à Autoridade Nacional de Proteção Civil, com os meios que venham a ser solicitados, e ainda a colaborar em tarefas relacionadas com a satisfação das necessidades básicas e na melhoria da qualidade de vida das populações”, lê-se no mesmo comunicado.
Os militares têm apoiado no combate aos incêndios, assim como em ações de proteção das populações.
No passado dia 16, cerca de 380 militares do Exército e 60 viaturas participaram em operações de vigilância, rescaldo e evacuação de locais afetados pelos incêndios, em dez concelhos do território continental.
Os 337 militares atuaram nos concelhos de Vieira do Minho, Sabugal, Rio Maior, Paredes de Coura, Mafra, Vagos, Arganil, Alcobaça, Marinha Grande, Mortágua e Seia.
Os militares atuaram divididos em ações de vigilância e rescaldo, operações de retirada de vítimas dos locais afetados pelos incêndios e patrulhamento e vigilância, tendo sido utilizadas quatro máquinas de rasto.
Os Regimento de Infantaria n.º 14, de Viseu, e o de Artilharia n.º 4, de Leiria, por exemplo, prestaram apoio às populações, com dois módulos de alojamento e alimentação.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.