Marcelo Rebelo de Sousa apresenta-se na Guarda como o candidato que vem "da esquerda da direita"

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa andou hoje a pé no centro da Guarda, à chuva, acompanhado de dirigentes sociais-democratas locais, e apresentou-se como o candidato que vem “da esquerda da direita”.

Vindo de Foz Côa, Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao volante do seu próprio carro e estacionou no Largo Humberto Delgado. À sua espera estava um grupo de pessoas, incluindo o presidente da Câmara Municipal da Guarda e dos Autarcas Sociais Democratas, Álvaro Amaro, e o líder da distrital do PSD, Carlos Peixoto.

A primeira paragem foi num café cheio de gente, onde o candidato social-democrata voltou a entrar para o lado de lá do balcão e, a pedido dos jornalistas, comparou esta campanha presidencial com a de 1986, que opôs Freitas do Amaral a Mário Soares e Salgado Zenha. Marcelo apontou desde logo uma diferença: “O candidato da direita vinha da direita da direita. Eu venho da esquerda da direita”.

“Eu acho que o país é completamente diferente. Aquelas eleições foram muito dramatizadas em termos ideológicos, direita/esquerda, muito rígidas”, prosseguiu o ex-comentador televisivo, defendendo que nesta campanha “não há clivagens ideológicas profundas”.

Questionado se teme uma segunda volta, respondeu que espera que isso não aconteça, e reiterou o apelo aos portugueses para que não deixem “para 14 de fevereiro o que se pode fazer a 24 de janeiro”.

Depois de cumprimentar praticamente toda a gente que se encontrava naquele café, Marcelo aceitou o convite para “uma arruadinha”, e subiu a Rua Alves Roçadas na companhia de Álvaro Amaro e Carlos Peixoto, e também do ex-deputado do PSD Pedro Duarte, que faz parte da sua estrutura de campanha.

Em dia de chuva, sem quase ninguém na rua, a pequena comitiva andou cerca de 150 metros até ao Museu da Guarda, com paragens numa loja de sapatos – onde o candidato não quis fazer nenhuma compra para não parecer que estava “a comprar votos” – e noutra de meias.

Na loja de meias, havia também gravatas, que o ex-comentador televisivo parou para ver com mais atenção. “Sempre gostei de azul, é a minha cor preferida”, comentou. “O laranja tem outras virtualidades, mas do ponto de vista de gravata televisiva não é o ideal, é muito berrante”, considerou.

Antes de seguir para a Covilhã, o candidato social-democrata almoçou na cantina do Instituto Politécnico da Guarda, mas dispensou os pratos do dia, optando por comer uma sopa e três iogurtes, depois de tentar em vão que lhe fizessem uma tosta de queijo.


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