Na passagem pela Guarda Arménio Carlos também defendeu a necessidade de serem promovidas políticas de desenvolvimento do interior do país.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse esta quarta-feira que a intersindical espera juntar «uma multidão» de participantes na manifestação agendada para o dia 25 de maio, junto do Palácio de Belém, em Lisboa. «Estamos convictos que vamos juntar uma multidão em Belém. E é uma multidão que estará em Belém não numa perspetiva de resignada, mas numa perspetiva interveniente e numa visão que passa muito pela importância da democracia participativa», disse Arménio Carlos à agência Lusa, na Guarda, onde participou numa iniciativa da União dos Sindicatos local. Segundo o líder da CGTP-IN, a concentração a realizar junto da residência oficial do Presidente da República, será uma oportunidade para os trabalhadores e outras camadas da população «manifestarem a sua oposição» à política do atual Governo. A iniciativa permitirá «fazerem ouvir a sua voz em Belém na exigência do fim do memorando [da ‘troika’], do fim da política de direita, da demissão deste Governo e da convocação de eleições antecipadas», disse. «Para que o povo faça escutar a sua voz, porque o senhor Presidente [da República] falava ainda recentemente que é preciso escutar o povo», justificou. «Veremos se escuta ou se não escuta o povo em relação àquilo que é um sentimento generalizado, que varre o país de que não há perspetivas de futuro para o país e para aqueles que vivem e trabalham em Portugal com esta política», declarou. Está em causa «alterar» as atuais políticas governativas ou «continuar a ser fustigados com propostas e com medidas que se vão sucedendo umas às outras, sempre na mesma lógica de mais austeridade e mais sacrifícios», segundo Arménio Carlos. O líder da CGTP referiu que a concentração servirá para os trabalhadores e os portugueses «manifestarem a sua mais veemente oposição» ao «brutal pacote de austeridade que está em desenvolvimento». A proposta do Governo, «para além de promover a destruição do emprego promove, também, o aumento do desemprego, a redução dos salários e é um ataque sem precedentes ao Serviço Nacional de Saúde, à Educação e à Segurança Social», acrescentou. Para Arménio Carlos, os trabalhadores «têm que demonstrar o seu mais profundo descontentamento com aquilo que se está a passar em Portugal», explicando que a política do Governo «já provou, ao fim de 23 meses, que não resolve, antes agrava todos os problemas do país». Na passagem pela Guarda Arménio Carlos também defendeu a necessidade de serem promovidas políticas de desenvolvimento do interior do país. ‘Não pode haver coesão económica e social do país se não houver um equilíbrio entre todas as regiões», observou.