Portugal regressa hoje ao mercado para um leilão de obrigações do tesouro a dez anos, esperando arrecadar entre 500 e 750 milhões de euros na primeira operação sem recurso a sindicato bancário desde 2011.
Às 8h30 de hoje, os juros a dez anos estavam a 3,628%, um mínimo desde fevereiro de 2006, depois de terem terminado a 3,701% na terça-feira.
No prazo de cinco anos, os juros estavam a descer para 2,399%, um mínimo de sempre, depois de terem terminado a 2,439% na terça-feira.
A dois anos, os juros também estavam a descer para 1,065%, um mínimo de sempre e abaixo dos 1,096% de terça-feira.
Segundo o IGCP, a agência que gere a dívida pública portuguesa, os títulos que vão hoje a leilão vencem em fevereiro de 2014.
Depois da chegada da ‘troika’ (Fundo Monetário Europeu, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) a Portugal, o Tesouro realizou uma emissão a dez anos em maio de 2013, quando emitiu três mil milhões de euros a uma taxa de juro anual de 5,65%.
Já este ano, o IGCP fez um reforço dessa série de obrigações com maturidade até fevereiro de 2024 e fez uma nova colocação de três mil milhões de euros de dívida, a uma taxa de juro média de 5,112%.
No entanto, estas emissões foram sindicadas, ou seja, o Estado mandatou vários bancos para colocarem os títulos no mercado.
Assim, a emissão de hoje é a primeira sem recurso a sindicato bancário desde 2011, antes do memorando de entendimento acordado entre Portugal e a ‘troika’.
Os juros da dívida soberana da Irlanda estavam hoje a descer em todos os prazos.
Dublin terminou oficialmente, a 15 de dezembro passado, o programa de ajustamento solicitado em 2010 à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de 85 mil milhões de euros.
Os juros de Itália estavam a descer em todos os prazos, bem como os de Espanha.
Os juros da dívida da Grécia a 10 anos, o único prazo disponível daquele país, também estavam a descer.