Juros da dívida a cair em todos os prazos

Os juros da dívida de Portugal estavam hoje a descer a dois, cinco e a dez anos, alinhados com os da Irlanda, Itália e Espanha, enquanto em sentido contrário os da Grécia estavam a subir.

Hoje, cerca das 08h45 em Lisboa, os juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a cair, mas para 3,146%, contra 3,165% na quarta-feira e depois de terem subido até aos 3,253% a 15 de junho, um máximo desde meados de outubro. O atual mínimo de sempre é de 1,560% e foi registado a 13 de março passado.

Os juros a cinco anos também estavam a descer, para 1,868%, contra 1,881% na quarta-feira, depois de terem subido até aos 1,927%, um máximo desde meados de outubro de 2014, e descido para o mínimo de sempre, de 0,749%, a 10 de abril.

Em relação aos juros a dois anos, estes também estavam a cair para 0,093%, contra 0,121% na quarta-feira e longe do mínimo de sempre, de 0,013%, registado a 13 de abril passado. Nos útimos seis meses, os juros a dois anos subiram até ao máximo de 0,541 a 29 de dezembro de 2014.

Na quarta-feira, Portugal colocou 200 e 550 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a três e a onze meses às taxas médias de juro de 0,044% e 0,159%, acima das mínimas praticadas nos leilões comparáveis anteriores.

A procura de Bilhetes do Tesouro (BT) a três meses atingiu 1.020 milhões de euros, cinco vezes o montante colocado, enquanto a de BT a onze meses atingiu 1.720 milhões de euros, 3,13 vezes superior ao montante colocado.

O último leilão de BT a 11 meses realizou-se a 15 de abril, quando foram colocados 950 milhões de euros a uma taxa de juro média mínima de 0,015%.

Em relação ao último leilão de BT a três meses, que ocorreu também a 15 de abril, neste foram colocados 300 milhões de euros a uma taxa de juro média mínima de 0,007%, segundo informação do IGCP.

Depois de ter iniciado a 09 de março passado um programa inédito de compra de dívidas soberanas e privadas, que vai permitir a injeção de 60 mil milhões de euros por mês, até, pelo menos, setembro de 2016, na economia da zona euro, na esperança de a redinamizar, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro inalteradas em mínimos na última reunião de política monetária de 03 de junho.

A 17 de maio de 2014, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.

O programa de ajustamento pedido por Portugal à ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor durante cerca de três anos.

Hoje, os juros da dívida soberana da Irlanda estavam a cair em todos os prazos, bem como os de Itália e de Espanha.

Em relação aos juros da Grécia, estes estavam a subir a cinco e a dez anos para valores em torno dos 30,1% e 12,18%, respetivamente.


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