O júri reconheceu o perfil do intelectual, do humanista e do poeta que marca inequivocamente a cultura portuguesa contemporânea. Igualmente reconheceu o pensador ecuménico e do diálogo que, com a sua obra, nos ensina que a fronteira é um mistério de encontro. Na ocasião dos 25 anos do Centro de Estudos Ibéricos, o Prémio Eduardo Lourenço 2025 distingue, na personalidade de José Tolentino de Mendonça, o valor da Educação e da Palavra como fontes de inspiração para fortalecer laços que cruzam todas as fronteiras e dos quais o diálogo ibérico tem sido exemplo.
Segundo o Centro de Estudos Ibéricos, “a 21ª edição do Prémio Eduardo Lourenço destacou-se pela elevada qualidade e diversidade das candidaturas apresentadas.”
Destinado a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas, o Prémio Eduardo Lourenço 2025, no montante de 7.500,00€ (sete mil e quinhentos euros), foi atribuído por um júri constituído pelos membros da Direção do CEI: Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa e os Vice-Reitores das Universidades de Coimbra e de Salamanca, Delfim Leão e Matilde Olarte; Manuel Santos Rosa e Luís Umbelino, da UC, Antonio Notario e María Isabel Martín Jiménez, da USAL; e pelas seguintes personalidades convidadas: António Apolinário Lourenço e Désirée Pedro indicadas pela Universidade de Coimbra e Juán Andrés Blanco e María Teresa Conesa, indicadas pela Universidade de Salamanca.
Personalidades de relevo de Portugal e Espanha galardoadas em anteriores edições: Maria Helena da Rocha Pereira, Professora Catedrática de Cultura Greco-Latina (2004), Agustín Remesal, Jornalista (2006), Maria João Pires, Pianista (2007), Ángel Campos Pámpano, Poeta (2008), Jorge Figueiredo Dias, Professor Catedrático de Direito Penal (2009), César António Molina, Escritor (2010), Mia Couto, Escritor (2011), José María Martín Patino, Teólogo (2012), Jerónimo Pizarro, Professor e Investigador (2013), Antonio Sáez Delgado, Professor e Investigador (2014), Agustina Bessa-Luís, Escritora (2015), Luis Sepúlveda, Escritor (2016), Fernando Paulouro das Neves, Escritor e Jornalista (2017), Basilio Lousada Castro, Escritor (2018), Carlos Reis, Professor e Investigador (2019), Ángel Marcos de Dios, Professor (2020), Fundação José Saramago (2021), Valentín Cabero Diéguez, Geógrafo e Professor (2022), Lídia Jorge, Escritora (2023) e Isabel Soler (2024).