Jorge Mendes, com 60 anos, natural de Gouveia e residente na Guarda há 23 anos, é professor adjunto no IPG desde outubro de 1990.
É licenciado em Matemática, mestre em Administração Escolar, tem pós-graduação em Gestão de Instituições do Ensino Superior e em Ciências da Administração pela Universidade do Minho e é doutorando em Políticas Públicas, na Universidade de Aveiro.
O candidato foi vice-presidente do IPG (de junho de 1998 a janeiro de 2001), presidente da instituição (janeiro de 2001 a setembro de 2010) e provedor do estudante no mesmo estabelecimento de ensino superior entre dezembro de 2010 e junho de 2017.
Jorge Mendes, que nas últimas eleições legislativas foi cabeça de lista do BE no distrito da Guarda, candidata-se pela primeira vez à presidência da autarquia da cidade mais alta do país, que atualmente é presidida por Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), candidato ao segundo mandato pelo PSD.
O candidato bloquista disse à agência Lusa que o partido “quer ser uma força decisiva para a abertura de um novo ciclo autárquico na Guarda”.
“O critério do êxito de uma governação autárquica não pode ser o da quantidade de betão que contrata; não pode ser o da quantidade de festas e eventos que realiza, mas a satisfação dos direitos das pessoas, dos indicadores de igualdade e de coesão social, da sustentabilidade ambiental, da participação cidadã nas decisões e na vida da comunidade”, defende.
Na opinião do ex-presidente do IPG, “a política só faz sentido se for feita para as pessoas e com as pessoas, sendo necessária uma nova sensibilidade para garantir condições de estabilidade, o que pressupõe relações de diálogo permanente e sereno”.
Segundo Jorge Mendes, o programa do BE tem oito eixos de atuação: transparência, participação e democracia, educação, turismo, lazer e património, políticas sociais, cultura, reabilitação urbana, ambiente e sustentabilidade e emprego e economia.
Nas principais propostas que apresenta ao eleitorado, Jorge Mendes compromete-se a “aplicar um orçamento de base zero por forma a garantir a transparência na forma como os dinheiros públicos são gastos”.
“Com esta nossa proposta, cada serviço da autarquia, cada entidade financiada tem de justificar as suas despesas em função dos seus objetivos e do programa a cumprir e não em função do orçamento do ano anterior”, esclarece.
O BE compromete-se a criar a figura do Provedor do Munícipe, “que constituirá um passo significativo na aproximação e no incentivo à participação ativa dos cidadãos na vida pública, onde se inclui o direito à reclamação por um serviço de qualidade”.
A criação do Museu da Emigração e de um “Museu Vivo que mostre a vida no concelho da Guarda desde o século XIX”, bem como a recuperação das instalações onde atualmente está a GNR, “adaptando-as para um equipamento público que sirva para a realização de eventos, um verdadeiro espaço multiusos com uma grande polivalência”, são algumas das propostas.
Entre outras promessas, o BE também aponta a implementação do programa “Guarda Verde”, que terá como objetivo a melhoria do desempenho ecológico no concelho da Guarda e “estudar, conceber e implementar em conjunto com o IPG e com outras entidades, nomeadamente ligadas à saúde e ao ambiente, o projeto Guarda Cidade Bioclimática”.