Investigadores internacionais visitam povoamentos de pinheiro bravo infetados pelo nemátodo

A Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) acolheu na quinta-feira, em Tábua, a visita de campo de cerca de 25 investigadores oriundos de vários países da União Europeia que estão a estudar fórmulas de controlar mais eficazmente a doença do nemátodo da madeira do pinheiro, responsável pela morte, nos últimos anos, de largos milhares de árvores.

A desenvolver a investigação no âmbito projeto europeu REPHRAME, os especialistas que, escolheram Portugal e Espanha para o meeting final, visitaram alguns povoamentos florestais afetados pela Doença da Murchidão do Pinheiro que estão a ser intervencionados pela CAULE -Associação Florestal da Beira Serra, nos concelhos de Tábua e Oliveira do Hospital.

O grupo teve oportunidade de observar “in loco” os trabalhos que estão a ser executados, nomeadamente de prospeção, identificação e erradicação de árvores sintomáticas, destruição de sobrantes e colocação de armadilhas para captura do inseto causador da doença, tendo concluído que a região da Beira Serra, concretamente a CAULE, está a fazer um “trabalho gigantesco” nesta área.
Também o chairman da Confederação Europeia da Indústria de Madeira, Marc Michielsen considerou este trabalho “muito importante” para um setor que emprega 2,5 milhões de pessoas em toda a Europa, num total de mais de 380 mil empresas.
Com várias ações de controle e erradicação da doença a decorrer na região da Beira Serra, o presidente da FNAPF, José Vasco Campos, salientou igualmente a importância do trabalho que possa ser desenvolvido em “laboratório”, uma vez que se trata de um problema que assume dimensões “muito graves” em Portugal, ameaçando estender-se a toda a Europa.

O projeto é parcialmente financiado pela União Europeia e está a decorrer há 3 anos e meio, contando com onze parceiros em oito países diferentes.


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