Incêndio do Sabugal foi o maior de 2009

Área ardida foi cinco vezes maior que em 2008 O incêndio de maiores dimensões no ano de 2009 ocorreu no concelho de Sabugal e consumiu uma área de mais de sete mil hectares. Mais de 86 mil hectares de floresta e mato arderam entre Janeiro e Dezembro de 2009, o que representa um aumento de […]

Área ardida foi cinco vezes maior que em 2008

O incêndio de maiores dimensões no ano de 2009 ocorreu no concelho de Sabugal e consumiu uma área de mais de sete mil hectares.

Mais de 86 mil hectares de floresta e mato arderam entre Janeiro e Dezembro de 2009, o que representa um aumento de quase 69 mil hectares em relação a 2008, segundo dados da Autoridade Florestal Nacional (AFN). A contabilização feita pela AFN foi publicada sexta-feira, dia 7, no sítio da Internet do organismo e mostra que houve 26 339 ocorrências durante o ano de 2009.

De acordo com os dados do relatório, “durante o ano de 2009 contabilizaram-se 26 339 ocorrências (…) que corresponderam a 86 016 hectares de área ardida”. Das mais de 26 mil ocorrências, 22 por cento correspondem a incêndios florestais, ou seja, onde a área ardida foi igual ou superior a um hectare, e 78 por cento a fogachos, onde a área ardida é inferior a um hectare.

Já no que diz respeito ao total de área ardida, o relatório revela que 72 por cento (61 923 hectares) correspondeu a mato. “O número total de ocorrências em 2009 aumentou 5,6 por cento face à média do último decénio. Contudo, 2009 registou um valor inferior de área ardida média em 42 por cento, correspondendo as percentagens indicadas a um aumento de 1 402 ocorrências e uma diminuição de 62 436 hectares face à média decenal”, lê-se no relatório.

Comparativamente a 2008, o relatório da AFN revela ter havido um aumento no número de ocorrências bem como de área ardida já que nesse ano os incêndios florestais consumiram 17 244 hectares contra os 86 016 hectares de 2009, o que representa um acréscimo de 68 772 hectares consumidos.

“Em 2009 foi possível cumprir, novamente, a meta inscrita no Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios”, diz o relatório da Autoridade Florestal Nacional

A média do último decénio (1999-2008) mostra um total de 24 937 ocorrências, mas vendo ano a ano, é possível constatar que o número de ocorrências registado em 2009 (26 339) só é ultrapassado em 2005 (35 698), em 2002 (26 492) e 2000 (34 109) e com 2008 a registar 13 832.

Olhando para área ardida, a média do decénio corresponde a 148 452 hectares ardidos, enquanto 2009 apresenta um valor (86 016 hectares) que ultrapassa a área ardida em 2008, 2007 e 2006 quando foram consumidos 17 244, 31 450 e 75 509, respectivamente.

Os mesmos dados mostram que depois da área ardida ter vindo sempre a baixar a partir de 2006 – depois de em 2005 o país ter visto arder 338 262 hectares – em 2009 regista-se um valor de área ardida quase cinco vezes superior ao de 2008. Ainda assim, pode ler-se no mesmo relatório que “em 2009 foi possível cumprir, novamente, a meta inscrita no Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios”, uma vez que esse plano estipula uma “área ardida anual inferior a 100 mil hectares”.


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