O presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Covilhã escreveu à ministra da Justiça a pedir que o ensino médico-legal forense permaneça na cidade.
Apesar da fusão do serviço com o que existe na Guarda, o presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Covilhã, Luís Taborda Barata, escreveu à ministra da Justiça a pedir que o ensino médico-legal forense permaneça na cidade. A posição é também defendida pelo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira, sediado no hospital da Covilhã. A portaria 19/2013, de 21 de janeiro, define uma reorganização dos gabinetes médico-legais e forenses nacionais. Os serviços existentes nos hospitais da Guarda e da Covilhã serão integrados num único Gabinete Médico-Legal e Forense da Beira Interior Norte, mas a portaria não esclarece onde vai ficar localizado. Numa carta enviada à ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, a que a agência Lusa teve acesso, Luís Taborda Barata pede que, independentemente da localização, «a vertente de ensino médico-legal e forense continue no Centro Hospitalar Cova da Beira». Para além de as instalações do hospital ficarem ao lado da faculdade, há um «sistema de funcionamento» consolidado «ao longo dos anos», com profissionais da área que são também docentes da faculdade. O Centro Hospitalar Cova da Beira e a Faculdade de Ciências da Saúde garantem que o pedido «não incorrerá em gastos adicionais a imputar ao Gabinete Médico-Legal, dada a grande importância que este gabinete tem no ensino da Medicina Legal» a cerca de 900 alunos, conclui. Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira, Miguel Castelo Branco, garante que respeitará «qualquer decisão que venha a ser tomada». No entanto, alerta para a proximidade de instalações da faculdade e do hospital, que tem permitido «uma articulação atempada com os alunos e experiências fundamentais para os novos profissionais da medicina». Nesse sentido, diz-se preocupado com a possibilidade de o serviço ser retirado da Covilhã, quebrando «um vínculo essencial com a vertente de ensino».