Guarda assinala 106 anos da inauguração do Sanatório Sousa Martins

A ULS da Guarda assinala, este sábado, os 106 anos da inauguração do Sanatório Sousa Martins, com um programa que inclui uma homenagem aos antigos diretores e uma conferência. O programa comemorativo, a realizar durante a manhã, pretende «homenagear os antigos diretores do  Sanatório Sousa Martins (SSM), bem como o médico [Sousa Martins] que deu o […]

A ULS da Guarda assinala, este sábado, os 106 anos da inauguração do Sanatório Sousa Martins, com um programa que inclui uma homenagem aos antigos diretores e uma conferência.
O programa comemorativo, a realizar durante a manhã, pretende «homenagear os antigos diretores do  Sanatório Sousa Martins (SSM), bem como o médico [Sousa Martins] que deu o nome» à antiga estância sanatorial, que tem a atual designação de Hospital Sousa Martins, segundo Vasco Lino, diretor da ULS da Guarda. O sanatório foi inaugurado no dia 18 de maio de 1907 pelo rei D. Carlos I e pela rainha D. Amélia, tendo sido o primeiro instituído pela Assistência Nacional aos Tuberculosos, a que presidia a rainha. As atividades comemorativas começam pelas 9h30, com uma missa de homenagem aos diretores da unidade de saúde, seguindo-se uma visita a alguns locais “simbólicos” da cerca do antigo sanatório, como a entrada principal, a fonte dos amores e o busto do doutor Lopo de Carvalho, o seu primeiro diretor. Pelas 11 horas, começa uma conferência intitulada “Sanatório Sousa Martins: marca emblemática da cidade da saúde”, a proferir por Helder Sequeira. O programa que assinala o 106.º aniversário da inauguração do antigo sanatório da Guarda termina pelas 11h45, com o descerramento de uma placa junto do busto do doutor Sousa Martins. A iniciativa é aberta à participação de «todas as pessoas interessadas e que se queiram associar à comemoração desta efeméride de tão grande significado para a cidade da Guarda», assinala a organização. O investigador Helder Sequeira, que tem vários trabalhos publicados sobre temas relacionados com o antigo sanatório, disse hoje à agência Lusa que aquela unidade de saúde «foi uma das principais instituições de combate e tratamento da tuberculose, em Portugal, ombreando com outras estâncias estrangeiras». «A designação de ‘Cidade da Saúde’, atribuída à Guarda, em muito se fica a dever ao sanatório que a marcou indelevelmente, ao longo de décadas, no século passado», disse o responsável. «Embora a situação geográfica e as especificidades climatéricas associadas tenham granjeado a esta cidade esse epíteto, a construção do SSM certificou e rentabilizou as condições naturais da cidade para o tratamento da tuberculose, doença que vitimou, em Portugal, largos milhares de pessoas», assinala. Helder Sequeira lembra que a Guarda foi, naquela época, «uma das cidades mais procuradas de Portugal, afluência que deixou inúmeros reflexos na sua vida económica, social e cultural». «A sua apologia como localidade eficaz no tratamento da doença foi feita por distintas figuras da época, pois era ‘a montanha mágica’ junto à Serra» da Estrela. Segundo o investigador, «muitas pessoas, provenientes de todo o país e mesmo do estrangeiro, subiam à cidade mais alta de Portugal com o objetivo de usufruírem do clima de montanha».

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