Greve dos trabalhadores da Resiestrela tem uma adesão de 98%

A greve dos trabalhadores da Resiestrela, sistema de gestão e valorização de resíduos sólidos urbanos que agrega 14 municípios dos distritos da Guarda e Castelo Branco, regista uma adesão de 98%, disse hoje à Lusa fonte sindical.

“Neste momento, a adesão à greve [dos trabalhadores da Resiestrela] regista uma adesão de 98%. Dos 14 municípios nenhum descarregou resíduos na Resiestrela durante o dia de hoje”, explicou à agência Lusa, José Alberto, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

O sindicalista adiantou que na base desta paralisação de 48 horas (hoje e sexta-feira) dos trabalhadores da Resiestrela está uma luta pela negociação de um acordo coletivo de trabalho, que inclua a progressão na carreira e melhores salários para os trabalhadores desta empresa do grupo EGF (Environment Global Facilities).

José Alberto explicou ainda que a proposta para o acordo coletivo de trabalho foi apresentada no dia 25 de setembro à Mota-Engil, proprietária da EGF, mas sem resposta até agora.

“Até ao momento não obtivemos qualquer resposta, tal como tem sido prática ao longo dos anos”, disse.

O responsável do STAL disse também que foram decretados serviços mínimos, “que estão a ser cumpridos”, mas sublinhou que esta é uma situação “desnecessária”, uma vez que não há quaisquer descargas de resíduos feitas pelos 14 municípios, no centro de tratamento de resíduos sólidos urbanos, situado no Fundão, distrito de Castelo Branco.

A Resiestrela tem como missão receber e tratar resíduos dos municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Penamacor, Pinhel, Sabugal, Trancoso e Covilhã.

A agência Lusa contactou a administração da empresa, mas não obteve qualquer reação em tempo útil.


Conteúdo Recomendado