A greve dos CTT contra a privatização da empresa de serviço postal regista uma adesão que ronda os 95%, “superando as expetativas iniciais”, revelou o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações.
“Até ao momento temos ainda números reduzidos que dizem respeito a 586 trabalhadores a nível nacional. Estamos a falar da central de correios, transportes postais e poucos centros de distribuição, ainda. Este universo de trabalhadores reflete 95 por cento”, disse à agência Lusa Vítor Narciso. De acordo com o responsável do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) estes números ainda podem subir, uma vez que não têm ainda em conta os trabalhadores dos centros de distribuição e das estações de correio que ainda não abriram. “Estes números eram esperados de alguma maneira, mas superam a expetativa, apesar de esperarmos esta reação por parte do trabalhadores, tendo em conta o que estava em causa. Estamos satisfeitos (…), para já esta greve está a ser um êxito”, frisou . Em causa na marcação da greve de 24 horas está, de acordo com o sindicalista, a privatização da empresa de serviço postal, a diminuição de direitos com o sistema complementar de saúde, e a diminuição dos postos de trabalho, além da defesa do serviço público de correios e do serviço prestado às populações . “Acima de tudo tem a ver também com a defesa do interesse público do Estado que vai vender uma coisa que dá lucro. Aquilo que apurar da venda dos CTT não vai ser aplicado na economia nacional, vai ser aplicado no pagamento da dívida e juros dos empréstimos e tudo aquilo que são lucros anuais da empresa vai parar às mãos de investidores privados e eventualmente a pagar impostos num qualquer paraíso fiscal”, alertou.