Governo reconhece falhas e pretende reavaliar formações profissionais

O secretário de Estado Adjunto do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional afirmou esta quarta-feira, em Coimbra, que as formações profissionais financiadas pelo Fundo Social Europeu terão que ser reavaliadas.

“Infelizmente, as verbas investidas em formação não corresponderam a resultados práticos de valorização e integração profissional” de desempregados, disse à agência Lusa Pedro Lomba, referindo que foi criado “um grupo de trabalho” que irá reavaliar as formações profissionais de forma a “melhorar a sua qualidade e os seus resultados”.

Segundo o secretário de Estado, para o investimento feito, “os resultados poderiam ter sido melhores”.

“Hoje, há um consenso de que os fundos foram bem aplicados numas áreas e noutras áreas tiveram resultados ambivalentes”. Uma dessas áreas é “a formação”, explicou, alertando que quando surgem os fundos comunitários “há uma indústria criada para os captar”.

Pedro Lomba deu razão ao reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, que criticou na terça-feira, em Coimbra, os milhares de milhões de euros do Fundo Social Europeu que “foram deitados à rua para alimentarem pseudo-formações”.

O secretário de Estado falava à Lusa à margem de uma visita ao Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, sublinhando que as universidades são um “ativo estratégico” para o desenvolvimento do país.

“É necessário valorizar o capital humano” e permitir, através do próximo quadro comunitário, “novos centros de investigação e uma maior ligação entre empresas e universidades”, aclarou.


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