A Sonae fechou o ano de 2013 com um resultado líquido de 319 milhões de euros, um forte crescimento face aos 33 milhões de euros registados em 2012 e que superou as expectativas dos analistas contactados pela Reuters. Este forte aumento é explicado não só pela melhoria dos indicadores operacionais, mas sobretudo pelos ganhos resultantes da fusão entre a Zon e a Optimus. Uma mais-valia que se reflete na rubrica resultados indiretos, que passaram de um valor negativo de 72 milhões de euros, em 2012, para 289 milhões.
Segundo dados enviados à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, o volume de negócios consolidado do grupo cresceu 3,2% para os 4.821 milhões de euros. A Sonae justifica este aumento das vendas com o contributo positivo de todos os negócios, sendo de destacar a Sonae MC (retalho alimentar), cujas vendas aumentaram 4,1 % e a Sonae SR (retalho especializado), que no último trimestre do ano cresceu 11,9%.
O EBITDA (lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu os 475 milhões de euros, um crescimento de 1,2% face ao período homólogo do ano anterior.
Paulo Azevedo, presidente da Sonae, escreve em comunicado que “os resultados da Sonae revelam um desempenho positivo com aumento de vendas, melhoria da rentabilidade operacional e forte geração de cash flow, o que demonstra a resiliência dos nossos negócios e contribui para uma ainda maior solidez financeira”.
A par destes resultados a Sonae prosseguiu a sua política de internacionalização e de abertura de novas lojas de retalho, tendo investido 164 milhões de euros nos negócios de retalho. A Sonae MC atingiu as 548 lojas no final de 2013, mais 70 face a 2012. Já a Sonae SR alcançou a marca das 579 lojas, mais 11 do que no final de 2012, das quais 167 fora de Portugal.
O grupo deu seguimento à redução do nível de endividamento, com menos 597 milhões de euros do valor relativamente à mesma data de 2012. A Sonae fechou o ano de 2013 com 1.219 milhões de euros, um valor que acaba por refletir a desconsolidação da Optimus e que representa o 17ª trimestre consecutivo de redução da dívida total do grupo.