O aviso é feito por Jorge Patrão, responsável desde 1998 pelo organismo que vai ser extinto e integrado na Entidade Regional de Turismo do Centro.
Os funcionários do Polo de Turismo da Serra da Estrela poderão vir a ser incluídos no regime de mobilidade. O aviso é feito por Jorge Patrão, responsável desde 1998 pelo organismo que vai ser extinto e integrado na Entidade Regional de Turismo do Centro. A lei nº 33/2013, que faz vigorar o novo mapa com cinco grandes regiões de turismo, foi publicada em “Diário da República” no passado dia 16. A Turismo Serra da Estrela tem atualmente cerca de 14 funcionários, repartidos entre a sede e diferentes postos de turismo, e a lei publicada «prevê o risco enorme» de serem colocados em regime de mobilidade, adianta Jorge Patrão, embora considere que o Turismo do Centro e o Governo estão «melhor colocados» para responder à questão. O dirigente sabe que o seu trabalho fica concluído «dentro em breve», mas sai com a «consciência tranquila» de ter feito o melhor por uma região que, a nível turístico, conheceu «um grande incremento e que não tem nada a ver com o que era na viragem do século». Jorge Patrão refere que a requalificação do antigo Sanatório dos Ferroviários fica concluída e realça que «a única grande obra» que falta lançar é a reconversão do Hotel Turismo da Guarda, mas «até essa tem os contratos assinados. Só falta vontade política», considera. Enquanto «ator do interior», Jorge Patrão deixa o “recado”, para «quem vem do litoral para mandar no interior», que vai «continuar atento» e espera que «tenham o mesmo empenho». De resto, o responsável critica a criação de uma entidade que «começa no Carregado e acaba em Espinho» e, quanto ao seu futuro, indica que se vai dedicar «a outros projetos» e à sua «vida privada». Por sua vez, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal realça que, «por força da nova lei», a Serra da Estrela junta-se a «um conjunto de marcas turísticas com grande projeção», como são os polos Leiria-Fátima e Oeste. Pedro Machado salienta que a região é «um ativo importante quer enquanto destino de turismo de natureza, quer do turismo judaico, que tem crescido exponencialmente nos últimos anos». Na sua opinião, «além de estar consolidada como marca fortemente enraizada, a Serra da Estrela tem que continuar a ser trabalhada nos mercados interno e externo». O presidente do Turismo do Centro, sediado em Coimbra, considera também que a nova organização do setor possibilita dar mais escala à promoção de uma região que tem «importantíssimas e qualificadas unidades hoteleiras e que diferenciam a oferta da própria marca Portugal a nível internacional». Quanto à situação dos trabalhadores, o dirigente realça que «todos os funcionários», tal como nos restantes polos extintos, «podem passar por um processo de mobilidade ou de continuidade», mas isso só será decidido nos próximos meses. Pedro Machado acrescenta que, «formalmente, o Turismo Centro de Portugal ainda não assumiu as funções», o que só vai acontecer depois de uma assembleia constituinte, agendada para 7 de junho. Nessa reunião vão participar os órgãos que ainda estão em funções e serão aprovados os estatutos que, posteriormente, terão de ser aprovados pelo secretário de Estado do Turismo e publicados em “Diário da República”. Assim, só depois da eleição e posse dos novos órgãos, o que «possivelmente ocorrerá em meados de julho», é que certas situações vão ser estudadas mais ao pormenor. Uma delas tem a ver com as atuais instalações do Polo da Serra da Estrela na Covilhã: «O que defendemos é a manutenção de estruturas desconcentradas, delegações, para manter a representatividade e poderá muito bem coincidir com a atual estrutura existente já na Covilhã», indicou o responsável, voltando a frisar que ainda não há certezas absolutas.