Frente Comum e Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado anunciaram hoje uma paralisação como forma de contestação às medidas do Orçamento do Estado para 2014.
Poucas horas depois da divulgação do Orçamento do Estado para 2014, que inclui novos cortes salariais na Função Pública, a Frente Comum e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado anunciaram esta manhã que vão parar durante 24 horas no próximo mês, dia 8 de Novembro. Esta será uma forma de contestação às medidas previstas no Orçamento do Estado 2014, anunciou esta quarta-feira de manhã Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, em conferência de imprensa. Será “uma mobilização extraordinária de resistência”, afirmou a sindicalista acrescentando que os trabalhadores “já não aguentam” mais cortes e sublinhou que apesar dos trabalhadores da função pública serem os mais afetados pelas medidas do Orçamento do Estado para 2014, “toda a gente sabe que a seguir vêm os trabalhadores do privado”. Menos de meia hora depois foi a vez do STE anunciar paralização. Maria Helena Rodrigues afirmou que “este é o pior momento para a Função Pública desde Abril de 1974”. Os cortes salariais anunciados ontem vão deixar de fora apenas 10% dos funcionários públicos, segundo o Governo. A medida, que afeta salários acima de 600 euros, permite poupar ao Estado apenas 476 milhões de euros líquidos. Em causa estão cortes salariais progressivos entre os 600 e dois mil euros, que variam entre 2,5% e os 12%. Acima deste valor, a taxa é fixa nos 12%. Da aplicação do corte, não pode resultar um salário inferior a 600 euros. A redução incide sobre a remuneração ilíquida, incluindo suplementos.
