Para a fase Bravo, que se prolonga até 30 de junho, vão estar mobilizados, um total, de 1.541 equipas compostas por 6.583 operacionais e 1.541 viaturas, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2015.
No próximo mês e meio vão estar ainda operacionais 34 meios aéreos e 70 postos de vigia da responsabilidade da GNR.
Os meios aéreos vão estar disponibilizados de forma faseada, estando operacionais, a partir de sexta-feira, oito, que vão aumentando durante o mês de junho até atingirem os 34 a 20 de junho.
O DECIF deste ano está orçado em cerca de 80 milhões de euros e foi reforçado com 17 equipas de combate a incêndios florestais e três equipas de intervenção permanente no distrito de Viana do Castelo.
Na cerimónia de apresentação do DECIF, o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, afirmou que “a ideia força” e “o objetivo operacional” é a segurança dos elementos envolvidos no combate aos incêndios florestais.
“Podemos ter mais área ardida, podemos ter mais ocorrências, mas não podemos ter mais vítimas porque não faz sentido nenhum em detrimento de qualquer hectare ou de qualquer área”, sublinhou José Manuel Moura.
Na quarta-feira no parlamento, a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, garantiu que o DECIF “está preparado para enfrentar” a época de fogos e a sua organização teve “como referência os anos mais severos”, destacando a aposta na prevenção e o reforço dos recursos, formação e treino.
Este ano foram desenvolvidas 259 ações de treino operacional que envolveram 5.293 operacionais.
Os incêndios florestais mais do que quintuplicaram este ano em relação a 2014, tendo-se registado 4.320 fogos desde o início de 2015, segundo dados enviados à agência Lusa pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
A ANPC, que cita dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entidade que compila a informação relativa às ocorrências, adianta que se registaram, até 05 de maio, 4.320 incêndios florestais, mais 3.474 do que no mesmo período do ano passado, quando ocorreram 846 fogos.
No ano passado, o total da área ardida foi de 19.867 hectares, o segundo valor mais baixo dos últimos 35 anos, e registaram-se 7.186 ocorrências de fogo, o valor mais baixo dos últimos 25 anos.
Antes da época crítica de incêndios florestais vai entrar em vigor a lei do financiamento das corporações de bombeiros, que foi aprovada na semana passada em Conselho de Ministro, e que representa um reforço aos bombeiros voluntários superior a 10 por cento.