Trata-se de uma empresa Luso-Francesa dedicada a uma nova geração de habitações, totalmente autónomas, eco-responsáveis, sustentáveis, sem qualquer ligação à rede de água, saneamento e energia, deixando assim uma pegada nula.
“Além dos materiais utilizados nas habitações serem ecológicos e sustentáveis, a própria fábrica produzirá com base em princípios de sustentabilidade, quer com novas tecnologias e materiais utilizados, quer também na responsabilidade social com a criação de postos de trabalhos altamente qualificados, com boas condições de trabalho e remuneração acima da média”, adianta Joaquim Rodrigues, criador do conceito Biome, fundador e presidente da empresa.
Este responsável estima que “a futura unidade terá capacidade para empregar até 70 pessoas diretamente e irá impactar outras empresas de Idanha e da região, com subempreitadas e prestações de serviços, com impacto na criação de vários postos de trabalhos indiretos”.
Joaquim Rodrigues explica que a Biomespace “vai ao encontro dos desafios que se colocam ao mundo de hoje, nomeadamente a falta de habitação, o custo elevado das casas e a necessidade de combater o aquecimento global, desenvolvendo conceitos mais amigos do ambiente. A Biomespace, habitação sustentável, tem a missão de educar, no bom uso de práticas sustentáveis, os seus habitantes.
Estas construções modulares são altamente versáteis e podem ser utilizadas para fins de residência principal ou secundária, estabelecimento comercial, habitação social, coletiva, temporária ou turística.
Para o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, a Biomespace “é uma solução habitacional que está inserida na estratégia de sustentabilidade deste concelho enquanto Bio Região, premiada pela União Europeia”.
“Com investimento francês e português, esta nova geração de habitações ecológicas e sustentáveis apresenta características únicas. A ideia é exportar de Idanha para o mundo uma solução ecológica”, acrescenta Armindo Jacinto.
No plano da tecnologia usada nestas habitações, sobressaem a produção de energia (armazenada em baterias de alta capacidade) com painéis fotovoltaicos; a recuperação e filtragem da água da chuva, da humidade do ar; do tratamento das águas cinzentas, das águas negras através de sanitas autónomas com desidratação e carbonização hipotérmica – tudo sem qualquer pegada ecológica.
A construção da unidade de produção da Biomespace será na Zona Industrial de Idanha-a-Nova, em lotes já definidos e aprovados pela Câmara Municipal.
Será ainda celebrado um protocolo de colaboração entre a empresa e a Câmara Municipal, no sentido de fomentar o seu desenvolvimento, bem como da captação de mão de obra qualificada, a residir em Idanha-a-Nova, e na captação de outras empresas satélites para este concelho.
A unidade empresarial Biomespace vai inovar ao industrializar o sector da sociedade ainda não industrializado, a habitação, evitando assim o desperdício de cerca de 40% da energia utilizada por este ramo.