“Portugal até pode estar a vender menos vinho, porque as vendas no mercado interno diminuíram, mas o País está a vender melhor, pois o preço médio subiu”, garante Frederico Falcão. “Este é precisamente o trabalho que queremos fazer, de valorização do vinho nacional, conseguindo que este seja vendido a melhor preço”, sublinhou o presidente do IVV.
O crescimento sustentado das exportações de vinho nacional é uma meta que tem mobilizado produtores e distribuidores em feiras internacionais, contactos com potenciais importadores e divulgação da marca Portugal no exterior. “Vender fora tem um custo acrescido. É preciso conhecer bem o mercado, estabelecer relações de confiança, fazer o seguimento das ações e tudo isso pode chegar a demorar anos”, lembra Frederico Falcão. E há que contar ainda com algumas dificuldades adicionais, como eventuais barreiras linguísticas ou alfandegárias.
“No caso dos mercados orientais, mais do que barreiras linguísticas, há muitas vezes barreiras culturais”, acrescenta Manuel Cabral, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). “São mercados que obrigam a um grande investimento e a muito trabalho de conquista. Nós queremos sempre negociar mais rapidamente, mas o tempo dos interlocutores orientais é outro e tem de se ser muito paciente”, constatou Manuel Cabral.