Os representantes de várias associações empresariais consideram que, a avançar a reposição dos quatro feridos suprimidos pelo governo de Passos Coelho, estes devem juntar-se aos fins de semana.
Dessa forma, alertam em declarações à TSF, a produtividade não será afetada de forma tão acentuada, especialmente nas empresas industriais.
“Fazia sentido encostar os feriados ao fim de semana, como se faz em muitos países. Se podem trabalhar em dia feriado, como aconteceu nos últimos três anos, também podem seguramente encostar o feriado ao fim de semana. Será o mal menor”, considera o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.
As críticas à medida proposta pelo novo Executivo acentuam-se pelo facto de os feriados em causa calharem a terças e quintas-feiras, o que é propenso a pontes e fins de semana prolongados.
À TSF, Tomás Moreira explica “num dia de trabalho solto há sempre menor produtividade do que uma semana corrida a trabalhar”. A este fator juntam-se os custos com energia, já que colocar uma máquina a trabalhar em algumas fábricas custa mais do que mantê-la em funcionamento vários dias seguidos.
A opinião é partilhada pelo presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que considera que as segundas e sextas-feiras serão “dias perdidos”.
“Se não tivermos outra solução – acho que deveria haver o bom senso de não retroceder numa matéria destas -, pelo menos que encostem os feriados ao fim de semana para não haver pontes”, pede João Costa, que fala numa medida “extremamente prejudicial e altamente custosa”.