A comunicação do chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, ocorreu pelas 20h30, no Palácio de Belém. O Presidente da República escolheu a data de 4 de outubro, depois de ouvir os partidos para as eleições que considerou serem as mais importantes para o país, dados os “complexos desafios que o país enfrenta”.
“Nos termos da Constituição e da lei, e depois de ouvir os partidos representados na Assembleia da República, decidi marcar para o dia 4 de outubro a realização das próximas eleições legislativas”, disse Cavaco Silva numa declaração ao país.
O Presidente da República disse que o país precisava de um governo estável e duradouro e apelou a uma maioria absoluta.
Disse também que “não serão admissíveis soluções governativas construídas à margem do Parlamento, dos resultados eleitorais e dos partidos políticos”.
“A campanha eleitoral deve ser para esclarecer os portugueses e não pode servir de palco de agressões”, disse o Presidente ao mesmo tempo que apelou ao diálogo pela elevação e à abertura ao compromisso.
“No dia 4 de outubro todos os cidadãos devem exercer o seu direito de voto, está em causa o futuro do nosso país”, disse.
Ontem, Cavaco Silva ouviu os partidos com assento parlamentar sobre a data das eleições legislativas, tendo o PSD, o PS e o CDS-PP sido unânimes na preferência do dia 27 de setembro. Mas nenhum dos três partidos principais – PSD, CDS-PP, PS – rejeitou a data de 4 de outubro.
O Presidente da República disse durante o dia que há que pensar em que data é que os partidos terão de entregar as listas de candidatos consoante o fim de semana escolhido para as eleições, pois “a certo momento” o prazo limite “fica nas férias”.
“E há ainda a campanha eleitoral, pois se não têm cuidado ocorre nas praias”, ironizou já dando sinais de que iria escolher a data de 4 outubro.
