Dispositivo de combate aos fogos prolongado até 15 de novembro

O dispositivo de combate a incêndios vai ser prolongado até ao dia 15 de novembro, na sequência das previsões meteorológicas adversas e da manutenção do risco elevado de incêndios florestais, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna.

“O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou o prolongamento do dispositivo, incluindo meios aéreos, meios humanos e postos de vigia”, refere o Ministério em comunicado.

O prolongamento, adianta o Governo, abrange os 17 meios aéreos que reforçaram o dispositivo na última semana (13 helicópteros ligeiros e 4 aviões médios anfíbios) e os 12 contratados para o período de 16 a 31 de outubro (oito helicópteros médios, dois aviões pesados anfíbios e dois aviões médios anfíbios).

Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), vão estar disponíveis, até 15 de novembro, 35 meios aéreos de combate a incêndios em Águeda (distrito de Aveiro), Ourique (Beja), Braga e Fafe (Braga), Alfândega da Fé e Nogueira (Bragança), Castelo Branco e Covilhã (Castelo Branco), Cernache e Lousã (Coimbra), Loulé e Monchique (Faro), Guarda, Meda e Seia (Guarda), Pombal (Leiria), Portalegre, Baltar (Porto), Ferreira do Zêzere, Pernes e Sardoal (Santarém), Águas de Moura (Setúbal), Arcos de Valdevez (Viana do Castelo), Vidago e Vila Real, Armamar e Viseu (Viseu).

O MAI adianta que vai ser igualmente prolongado, até 15 de novembro, o período de funcionamento dos 72 postos de vigia da GNR, mantendo esta força de segurança as Equipas de Manutenção e Exploração de Informação Florestal (EMEIF) junto de cada Comando Distrital de Operações de Socorro.

No total vão estar envolvidos, na primeira quinzena de novembro, 6.957 operacionais, entre os quais 3.100 bombeiros, além de “patrulhamento ostensivo no terreno” por parte das Forças Armadas, em articulação com a GNR e a PSP, refere o comunicado.

O Ministério da Administração Interna justifica o prolongamento do dispositivo de combate a incêndios com a previsão de condições meteorológicas adversas e a manutenção do risco elevado de incêndios florestais por parte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e do European Forest Fire Information System (EFFIS).

A fase ‘Delta’ de combate a incêndios florestais, que começou a 01 de outubro, terminava hoje e estava previsto, a partir de quarta-feira, uma redução de meios no terreno com o início da fase ‘Echo’.

Na segunda semana de outubro, o dispositivo previsto para a fase ‘Delta’, incluindo operacionais, meios aéreos e postos de vigia, foi reforçado devido às condições meteorológicas, tendo sido novamente aumentado a 23 de outubro.

Os últimos dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que os incêndios florestais consumiram, este ano, mais de 418 mil hectares e cerca de metade da área ardeu na primeira quinzena de outubro.

Segundo os dados, o pior ano de sempre em área ardida registou-se em 2003 (425.839 hectares), seguido de 2017 (418.087 ha) e de 2005 (339.089 ha).

Os incêndios florestais já provocaram este ano mais de 100 mortos, 64 dos quais a 17 de junho em Pedrógão Grande e 45 resultaram dos fogos que a 15 de outubro deflagraram em várias regiões da zona Centro.


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