Desporto da UBI em projeto inovador

O Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior está a trabalhar em mais uma iniciativa de apoio à investigação e à comunidade. O Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior (UBI) encontra-se a participar num projeto inovador em Portugal sobre a análise de jogos de futsal. Uma iniciativa que […]

O Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior está a trabalhar em mais uma iniciativa de apoio à investigação e à comunidade.
O Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior (UBI) encontra-se a participar num projeto inovador em Portugal sobre a análise de jogos de futsal. Uma iniciativa que surge em colaboração com a empresa de sotware estatístico e análise de jogo “Videobserver”. «Esta é, mais parceria estabelecida entre o Departamento de Ciências do Desporto e uma empresa», diz Bruno Travassos, docente no departamento e um dos responsáveis pela nova ligação. Este sistema vai ser agora aplicado ao futsal, «mas tem vindo a ser desenvolvido quer no futebol quer no andebol; alguns já com aplicabilidade a todas as equipas do campeonato nacional de andebol. Já em termos de futebol, algumas equipas nacionais também já utilizam este software». O objetivo deste projeto passa por testar a utilização de um novo programa de análise de jogo no futsal. Para tal, dois alunos da licenciatura de Ciências do Desporto da UBI estão a trabalhar na análise, em tempo real, de jogos do campeonato da 1ª divisão de futsal. O objetivo agora passa por criar uma plataforma online que sirva de apoio aos treinadores e também para recolha e análise de dados com fins científicos. «O papel do Departamento de Ciências do Desporto passa por este trabalho dos nossos alunos, numa primeira fase, ao terem um contacto com a análise de jogo, e permitir que esses jogos estejam online para consulta de várias entidades, nomeadamente clubes, treinadores, investigadores, comunicação social, entre outros», sublinha o docente. Bruno Travassos deixa em cima da mesa a ideia de uma parceria com a Federação Portuguesa de Futebol «para que seja instituída uma plataforma online e se tenha todo o projeto em rede». As vantagens desta iniciativa passam pela colocação de alunos no mercado, com uma formação e um contacto prático com as mais avançadas tecnologias, «com uma formação direcionada para as exigências de mercado e para os desafios que são necessários. Por outro lado, estamos a fazer a transferência de conhecimento que recolhemos, porque, para além deste projeto estamos a dar algum contributo para o desenvolvimento desta tecnologia e como é que esta pode dar resposta aos utilizadores», aponta ainda. Com os primeiros passos a serem já dados, dentro de pouco tempo os responsáveis pela iniciativa esperam que seja já possível a todos os treinadores aceder a uma grande base de dados de jogos analisados, que facilita o trabalho de análise de jogo. «Isto vai muito na lógica do ‘scouting’ que passa por analisar o trabalho e o desempenho das equipas adversárias. Hoje em dia o que se faz no futsal resulta de um conhecimento amigável entre os vários técnicos que posteriormente partilham entre si algumas informações sobre os jogos e as equipas, mas isto é feito muito na base da amizade. Queremos tornar isto mais oficial e melhor em termos de partilha», complementa. Para testar esta tecnologia, no passado fim de semana foram já analisados os jogos da Associação Desportiva do Fundão, do Sport Lisboa e Benfica, dos Leões de Porto Salvo e do Sporting. Estamos a encetar contacto para alargar as equipas analisadas. Um trabalho que procura sobretudo o registo de estatística em torno das jogadas, ações relacionadas com o sucesso e o insucesso, ou seja, o número de remates, de passes, de bolas perdidas, de passes intercetados em termos ofensivos e defensivos. «Ligando com a análise de vídeo isso vai, depois, permitir que se construam categorias para que os treinadores possam identificar, não só o jogo em termos numéricos e estatísticos, mas em termos de vídeo para identificar as regularidades das outras equipas», conclui Bruno Travassos.

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