A taxa de desemprego em Portugal recuou para 14,1% em junho, uma descida de duas décimas face a maio e de 2,5 pontos percentuais face a junho de 2013, a maior queda homóloga na UE, revela o Eurostat.
De acordo com os dados hoje avançados pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), que dão conta da mais baixa taxa de desemprego na zona euro desde setembro de 2012 (11,5%), Portugal tem sido dos Estados-membros com uma evolução mais positiva. No mês passado apresentou a taxa mais baixa desde novembro de 2011 (altura em que se encontrava nos 14%, vindo depois a subir até um “pico” de 17,8% em abril de 2013).
Na comparação homóloga (com o mesmo período do ano anterior), Portugal apresenta o maior recuo entre todos os Estados-membros da UE, de 16,6 para 14,1%, ou seja, 2,5 pontos percentuais, à frente da Hungria (descida de 2,3 pontos), Irlanda (1,8) e Espanha (1,7).
No corrente ano, o desemprego tem estado, assim, a recuar de forma ininterrupta em Portugal, ainda que de forma moderada (era de 15% em janeiro), mas o país continua a apresentar a quinta taxa mais elevada da União, apenas atrás de Grécia (27,3%, valor de abril), Espanha (24,5%), Croácia (16,3%) e Chipre (15,2%).
A nível europeu, o desemprego recuou para os 11,5% na zona euro em junho, apenas menos uma décima que em maio (11,6%) e menos 0,5% que um ano antes, mas o Eurostat sublinha que esta é a taxa mais baixa registada desde setembro de 2012.
Já no conjunto da UE, a taxa baixou igualmente uma décima, dos 10,3% em maio para 10,2% em junho (e face aos 10,9% de junho de 2013), sendo neste caso o valor mais baixo desde março de 2012.
Também a nível de desemprego jovem, Portugal conheceu entre maio e junho deste ano um novo recuo, de mais de um ponto percentual, baixando de 34,7% para 33,5%, sendo a queda ainda mais marcante em termos homólogos, pois em junho do ano passado o desemprego atingia 38% dos jovens portugueses até aos 25 anos.
Portugal continua a registar, no entanto, a sexta taxa de desemprego mais elevada entre os jovens, atrás de Grécia (56,3%, dados de abril), Espanha (53,5), Itália (43,7%), Croácia (41%) e Chipre (35,4%), tendo a média na UE e na zona euro descido em ambos os casos uma décima, para os 22,0% e 23,1%, respetivamente.