Segundo aquela publicação, esse será o maior trunfo para as contas do Orçamento Retificativo que foi aprovado ontem, mas cujas medidas e pressupostos apenas serão conhecidos esta quinta-feira. O Expresso Diário aponta no mesmo sentido: desemprego nos 14,7%.
De acordo com a mesma publicação, a diferença face à previsão do Orçamento original para este ano rondará os três pontos percentuais, ou seja, os 17,7% de taxa de desemprego previstos para este ano baixam para um pouco mais de 14%. O que significa que, havendo menos pessoas desempregadas, o governo poderá contar com menos prestações sociais e mais descontos para a Segurança Social, assim como um acréscimo nas receitas de impostos. Razão pela qual o desvio criado pelos mais recentes chumbos do Tribunal Constitucional – à taxa sobre as pensões e à permanência dos cortes nos salários da função pública para além de 2015 – não custará tanto a compensar.
Os últimos números do desemprego, libertados no início de agosto pelo Instituto Nacional de Estatística, mostravam já esta tendência de queda, fixando-se nos 13,9% no segundo trimestre deste ano.
O primeiro-ministro garantiu esta semana que um agravamento fiscal não seria a resposta aos chumbos do Constitucional, posição confirmada esta terça-feira no breve comunicado sobre a aprovação do Orçamento Retificativo no Conselho de Ministros. “A revisão dos tetos orçamentais é acomodada pela evolução positiva do emprego e consequente redução da despesa com prestações e melhoria da receita fiscal e de contribuições para a segurança social”, lia-se no documento, onde se acrescentava: o “controlo das rubricas de despesa fora da despesa com pessoal, sem necessidade de haver recurso a qualquer alteração de natureza fiscal”.