Covid-19: Empresários da região da Guarda pedem mais medidas do Governo

Os empresários da Guarda encaram o futuro com “preocupação e riscos acrescidos” e pedem mais medidas do Governo para o combate à crise económica provocada pela pandemia da covid-19, segundo os resultados de um inquérito hoje divulgado.

A Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA) refere em comunicado que, em consequência da segunda vaga da pandemia da covid-19 e das recentes medidas tomadas pelo Governo para combater a crise sanitária, económica e social, enviou um questionário para todos os seus associados, com a finalidade de conhecer a realidade económica e social das empresas da região e entender a sua perceção quanto ao futuro.

“No cômputo geral, as empresas encaram o futuro com preocupação e riscos acrescidos, uma vez que as medidas adotadas pelo Governo são, no entender da maioria dos empresários que responderam ao inquérito, inadequadas, desajustadas e tardias”, é sublinhado na nota enviada à agência Lusa.

Segundo a associação, face às propostas anunciadas pelo Governo para mitigar os efeitos da crise pandémica e evitar um maior agravamento económico e social, as empresas da região da Guarda pretendem ver adotadas outras medidas.

Os empresários sugerem, nomeadamente, “a diminuição da carga fiscal para as empresas do interior (IRC, IRS, TSU e taxa de IVA), a contemplação de apoios financeiros a fundo perdido, a existência de mais medidas de apoio à tesouraria e para sócios gerentes e trabalhadores independentes”.

“No contexto empresarial, este inquérito permitiu concluir que a quebra registada no volume de negócio das empresas inquiridas, situou-se entre 21% e os 40%, e que mais de 90% das empresas ainda não dispensou, até esta data, qualquer colaborador”, acrescenta.

A fonte refere ainda que, no âmbito das medidas lançadas pelo Governo para contrariar os efeitos da crise, “a maior parte das empresas recorreram ao ‘lay-off’ simplificado, às moratórias e às linhas de crédito”.

“Apesar das nuvens negras que atormentam as empresas da região, importa salientar que a maioria das empresas não preveem encerrar a sua atividade”, assinala.

A associação empresarial NERGA refere, no entanto, que “para 79,5% dos inquiridos, a possibilidade de dispensar colaboradores é uma forte opção para evitar maiores dificuldades, face às medidas divulgadas pelo Governo”.

As conclusões do inquérito realizado pela Associação Empresarial da Região da Guarda aos associados vão estar na base de um documento que vai ser apresentado às confederações empresariais e junto das entidades representativas da região.


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