Condutores continuam a cortar no consumo de gasolina

Procura por GPL registou o maior crescimento.

Ao longo dos primeiros cinco meses do ano, a procura por combustíveis rodoviários sofreu uma queda ligeira. De janeiro a  maio, o consumo caiu cerca de 0,5%, face ao mesmo período de 2013.

Naquele período, o consumo de combustíveis rondou os 26 milhões de toneladas, de acordo com cálculos do PÚBLICO feitos com base nos números agora publicados pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). O gasóleo, que é o mais usado dos combustíveis rodoviários, com uma fatia 79% do total, manteve-se praticamente inalterado. Por outro lado, o consumo de gasolina 95 (19% do total) teve uma descida de 1,7% e a gasolina 98, que é muito menos usada, recuou 2,8%.

Em termos percentuais, foi a procura de combustível para veículos a gás que teve a evolução mais positiva, com um aumento de 7,9% nos cinco primeiros meses do ano. Pelo menos desde o início do ano passado que o consumo de GPL tem vindo a aumentar quase todos os meses, embora este represente apenas uma parcela residual do mercado de combustíveis rodoviários, em torno dos 0,6%.

Fazendo as contas apenas ao mês de maio, a que correspondem os dados mais recentes, o cenário é mais positivo, verificando-se que um pequeno aumento na procura por gasóleo contribuiu para uma estabilização do mercado.

Em maio, o consumo total de combustíveis rodoviários subiu 0,3% em relação ao mesmo mês de 2013, com o gasóleo a registar um crescimento de 0,6%. A gasolina 95 sofreu uma quebra de 1,2%, ao passo que a gasolina 98 recuou 1,1%. O GPL subiu 6,8%.

Uma análise feita à evolução dos preços em Portugal continental feita pela DGEG encontrou uma descida de 2,4% no preço do GPL e de 2,1% no do gasóleo entre maio deste ano e o mesmo mês do ano passado. A gasolina 98 teve um aumento de 0,5% e a 95, de 0,1%.

De acordo com o relatório, o consumo global de combustíveis fósseis (gás natural, produtos do petróleo e carvão) caiu 1,2%. No gás natural e no carvão verificaram-se retracções de 6,1% e 6,7%, respetivamente. Pelo contrário, consumo de produtos do petróleo cresceu 3,4%.


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