Comerciantes da Guarda admitem regresso de espanhóis com redução de portagens

O presidente da ACG considera que “o ‘timing’ ideal” para a sua implementação “seria no período pré-férias, até ao mês de julho, quando o fluxo turístico aumenta”.

O presidente da Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG) considerou hoje que a redução do valor das portagens nas ex-Scut pode promover o regresso à região de turistas e de compradores espanhóis.
Miguel Alves disse à agência Lusa que, com a redução das tarifas nas autoestradas que servem a região da Guarda – A23 (Guarda/Torres Novas) e A25 (Aveiro/Vilar Formoso) – “é possível ambicionar” voltar a ter os fluxos de turistas e de espanhóis verificados no período antes da implementação das portagens.
O primeiro-ministro admitiu na quarta-feira que as portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador (Scut) poderão baixar ainda este verão e adiantou que vai contactar as forças políticas para um consenso em matéria de descentralização.
O líder do executivo respondia a uma pergunta momentos antes formulada pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que pretendeu saber quando é que o Governo tenciona cumprir uma resolução já aprovada na Assembleia da República a recomendar uma redução das portagens cobradas nas antigas Scut.
António Costa disse que o Governo “tomou boa nota da recomendação que foi aprovada na Assembleia da República” e que o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, tem vindo a desenvolver as negociações necessárias “para que possa ser executada ainda este verão”.
“É nesse esforço que estamos concentrados. Esperamos concretizá-lo ainda este verão”, repetiu o primeiro-ministro.
Para o presidente da ACG, a concretização da medida iria “incentivar” os espanhóis a regressarem à região da Guarda.
“Com as portagens, afastámos os espanhóis”, disse hoje o responsável à Lusa, lembrando que “eles foram apanhados não só pelo valor como pelo método de pagamento”.
A redução das portagens nas duas autoestradas da região “peca por tardia”, referiu ainda Miguel Alves.
O dirigente considera que “o ‘timing’ ideal” para a sua implementação “seria no período pré-férias, até ao mês de julho, quando o fluxo turístico aumenta”.
“Além da intenção de rever as taxas, é também importante saber qual é o valor concreto que o Governo pretende reduzir, reivindicando nós, no mínimo, uma percentagem de 50%, que é aquilo que nós achamos que vai de encontro à verdadeira coesão territorial”, concluiu o representante dos comerciantes do distrito da Guarda.


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