O comandante distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Guarda, o intendente Salvado Lopes, defendeu hoje a necessidade de aquela estrutura policial ser dotada com mais efetivos e de ocupar novas instalações.
No discurso proferido na cerimónia do 129.º aniversário do comando distrital, o responsável afirmou que a dotação do efetivo, de acordo com o mapa de pessoal para 2013, “comporta 199 elementos com funções policiais”, mas apenas possui “165 elementos”, dos quais 34 estão colocados na esquadra de Gouveia e 11 são elementos com funções não policiais. “Neste contexto, o comando apresenta um défice de 34 vagas, o que corresponde a 17% da dotação global do comando, sendo seis na carreira de oficial, oito na de chefe e 20 na carreira de agente de polícia”, indicou. Salvado Lopes alertou também que “cerca de uma dezena de elementos tem pendentes processos para passagem à pré-aposentação”. “Ainda que os elementos disponíveis se venham mostrando suficientes para resolver as diferentes situações com que nos vimos deparando, a consciência da nossa obrigação, elevar os níveis de segurança e a qualidade do nosso serviço obriga a que, para além da natural reposição do número de efetivos, o comando continue a ver reforçada a sua disponibilidade de meios humanos, dotando-o anualmente com a colocação de agentes recém-formados”, afirmou. O comandante falou depois das instalações, apontando que a PSP passou a ocupar o edifício do antigo Governo Civil, o que melhorou as “condições de trabalho” para os seus profissionais. “Porém, a falta de espaços adequados, a necessária funcionalidade e a dispersão das instalações tornam incontornável a necessidade de construção de um novo edifício para o comando”, defendeu na sua intervenção que foi escutada pelo Diretor Nacional da PSP em substituição, Pereira Lucas. A instalação dos vários serviços da PSP num único local permitiria “agregar os serviços dispersos pela cidade, aumentar a dimensão operacional, reduzir custos logísticos e financeiros e, principalmente, conferir qualidade e dignidade de que se deve revestir um serviço público desta natureza”, defendeu. Após escutar as preocupações do comandante, o Diretor Nacional da polícia, Pereira Lucas, disse aos jornalistas que este ano será iniciado um novo curso para 100 novos agentes que “serão distribuídos” pelo território nacional e o comando da Guarda “será, como é evidente, objeto de algum reforço”. Quanto às instalações, assegurou que o caso da Guarda é “uma preocupação” e que o ideal seria “concentrar” os vários serviços da PSP, atualmente dispersos, “numa única instalação”. O presidente da Câmara, Álvaro Amaro, também prometeu “empenho” na resolução do problema das instalações. “Mas nem sempre o empenho basta. É preciso que haja o empenho e que haja a perceção das necessidades, é preciso que haja a hierarquia das necessidades e, depois, é preciso que o Estado financie”, observou.