Caminheiros e 140 ovelhas atravessam amanhã ruas de Castelo Branco

Um rebanho, com 140 ovelhas da raça Merino da Beira Baixa, vai atravessar amanhã algumas das principais ruas da cidade de Castelo Branco no âmbito da Grande Rota da Transumância. A iniciativa consiste num conjunto de 10 caminhadas com rebanhos que vão recriar as antigas rotas dos pastores em diferentes municípios da Beira Interior até 19 […]

Um rebanho, com 140 ovelhas da raça Merino da Beira Baixa, vai atravessar amanhã algumas das principais ruas da cidade de Castelo Branco no âmbito da Grande Rota da Transumância.
A iniciativa consiste num conjunto de 10 caminhadas com rebanhos que vão recriar as antigas rotas dos pastores em diferentes municípios da Beira Interior até 19 de maio. No caso de Castelo Branco, vai ser recriada a passagem de rebanhos por ruas da cidade que caiu em desuso no século XX. A zona da Devesa, atual centro cívico, em frente à Câmara Municipal, foi em tempos um espaço pastoril situado no extremo da cidade, depois transformado em campo de feiras, recorda a organização. Amanhã, o ponto de partida da caminhada será nos terrenos da Senhora de Mércoles, pelas 9 horas, junto à Escola Superior Agrária, de onde vão sair as ovelhas. «Vão ser 140 animais adultos da raça Merino da Beira Baixa, espécie autóctone da qual a escola tem o principal rebanho», explicou o diretor, Celestino Almeida, à agência Lusa. No grupo vão «alguns borregos e uma ovelha preta pelo simbolismo que antigamente lhe era atribuído», dizendo-se que dava sorte ao rebanho, acrescentou. Caminheiros e rebanho entram na cidade e fazem uma pausa na área adjacente ao Parque das Laranjeiras, entre a Rotunda Europa e a Alameda do Cansado, pelas 10 horas. Cerca de 20 minutos depois segue-se o percurso pelas ruas de Castelo Branco até ao Chafariz da Graça e que deverá durar cerca de meia hora. A Grande Rota da Transumância arrancou na quarta-feira com um percurso entre as aldeias de Alares e Rormaninhal, em Idanha-a-Nova. Até dia 19, as ovelhas vão ainda passar pelos concelhos do Fundão, Covilhã, Manteigas e Seia. A iniciativa está orçada em 50 mil euros, comparticipada a 85% pelo programa Provere, no âmbito da estratégia iNature de promoção das áreas protegidas.

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