A unidade de cuidados continuados integrados está pronta a funcionar desde julho de 2011.
O presidente da Câmara de Manteigas e o provedor da Santa Casa da Misericórdia local defenderam hoje a abertura da unidade de cuidados continuados integrados, que está pronta a funcionar desde julho de 2011. «Foi construída com o financiamento do anterior Governo, está equipada e, porventura, está a degradar-se por falta de funcionamento», disse hoje à agência Lusa o presidente da autarquia de Manteigas, Esmeraldo Carvalhinho, que se mostra «preocupado» com o atraso na abertura daquela unidade de saúde. O autarca socialista referiu tratar-se de um equipamento «que também pode contribuir para o fortalecimento e consolidação da economia do concelho de Manteigas», porque vai criar novos postos de trabalho. «É um contrassenso este Governo não optar pela sua abertura. É um equipamento essencial. [A população de] Manteigas e a Câmara Municipal exigem que o Governo abra definitivamente este equipamento que está a degradar-se», disse, exigindo que a situação seja rapidamente resolvida. Em sua opinião, «é uma inconsciência total de quem governa o país, ter os equipamentos e não os colocar à disposição e ao serviço e quem deles necessita». O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Manteigas, Joaquim Domingos, disse à Lusa que o equipamento faz parte de um conjunto de unidades da região Centro que estão para abrir em 2013. Aquela unidade de cuidados continuados «está pronta, em termos físicos, desde julho de 2011», está equipada com 30 camas de longa duração e manutenção e representa um investimento global superior a 1,5 milhões de euros, disse. «Está à espera de dotação orçamental para poder funcionar», explicou o responsável, observando que quando entrar em funcionamento haverá necessidade de «dar uma vistoria a todo o edifício» e a todo o equipamento instalado. Joaquim Domingos referiu que a Santa Casa da Misericórdia recorreu à banca para assegurar financiamento para a construção da unidade, logo, estando de portas fechadas, apenas tem «despesa com a banca e não há retorno de capital». O provedor indicou que o Ministério da Saúde está a par da necessidade de abertura daquele serviço na vila de Manteigas, por haver casos de utentes locais «que estão em unidades fora do concelho». Na terça-feira foi publicada em Diário da República uma resolução da Assembleia da República a recomendar ao Governo a abertura, com «caráter de urgência», das unidades de cuidados continuados já concluídas ou em fase de conclusão este ano, como é o caso de Manteigas.