“O plano que está definido, consubstanciado nos estudos que foram feitos, vai ser levado até ao fim, naturalmente”, assegurou hoje o vereador Sérgio Costa em conferência de imprensa.
A Quercus e a Comissão Política Concelhia da Guarda do PCP apelaram hoje à Câmara Municipal para que suspenda o abate de árvores de grande porte numa avenida da cidade, no âmbito de um plano de rearborização, mas o vereador com o pelouro do urbanismo diz que os trabalhos, fundamentados num estudo encomendado a um gabinete paisagista de Lisboa, vão prosseguir.
“Nós tivemos o cuidado, e com todo o respeito que as instituições nos merecem, de ontem [terça-feira] à tarde ter interrompido a tarde de reuniões que tinha e recebido precisamente a Quercus e ter explanado nessa reunião tudo isto que estou aqui a dizer”, declarou Sérgio Costa.
A autarquia da Guarda está a proceder a trabalhos de rearborização da cidade que preveem a plantação de mais de 2.000 árvores em vários locais, até ao final de março de 2017, explicou o autarca.
“Neste momento decorre a execução da segunda fase, com a substituição das 40 árvores (tílias e cedros) que estão a ser abatidas na Avenida Cidade de Salamanca, ao que se seguirá a plantação de 80 árvores de grande porte de outras espécies”, adiantou.
A Quercus refere que o município promove o corte de dezenas de árvores de grande porte na cidade, numa decisão “contrária” a um relatório da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
O vereador responsável pelo urbanismo esclareceu hoje que o estudo da UTAD ditou medidas imediatas, “tendo a sua execução terminado em março de 2015”.
“Este estudo da UTAD foi por isso concluído. Em novembro de 2015, a Câmara Municipal da Guarda encomendou outro estudo de urbanismo a um gabinete paisagista de Lisboa, o qual concluiu ser necessário, concretamente para a Avenida Cidade de Salamanca, alguns abates e a plantação de outras espécies em maior quantidade”, esclareceu.
Acrescentou que as conclusões apresentadas “ditaram que, por razões fitopatológicas e urbanísticas, seria necessário proceder à substituição de várias árvores naquela artéria da cidade”.
“Nunca este executivo deixará de olhar para a gestão urbanística, paisagista e [para] a gestão de todo o parque arbóreo, mas sempre devidamente sustentado em estudos técnicos, assumindo sempre as tomadas de decisões necessárias”, afirmou Sérgio Costa.
O vereador disse ainda que a autarquia respeita “opiniões contrárias a qualquer estudo ou projeto”.
“Mas não deixaremos, em diálogo construtivo, de exercer as competências do município nesta matéria. Estudos e projetos suportam decisões. Foi o que aconteceu com o estudo da UTAD e é o que está a acontecer com o estudo da ACB”, concluiu.