A Câmara Municipal da Guarda assinou ontem um contrato de comodato para a construção de uma nova sede da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) no jardim do antigo Solar Teles de Vasconcelos.
No seguimento do contrato celebrado entre as duas entidades a autarquia vai ainda proceder à recuperação do antigo edifício dos Paços do Concelho da Guarda, que estava cedido à CVRBI, para acolher a futura sede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) que também tem sede naquela cidade.
Nos projetos de recuperação e adaptação do antigo edifício dos Paços do Concelho para as novas funções e dos jardins do antigo Solar Teles de Vasconcelos, que inclui a construção de um novo edifício, da autoria do arquiteto Jorge Palma, a autarquia da Guarda prevê investir cerca de 700 mil euros, com recurso a fundos comunitários.
Na cerimónia de assinatura do contrato de comodato com a CVRBI, realizada no edifício dos antigos Paços do Concelho, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, disse que a solução encontrada “dá vida” e requalifica o centro histórico e “ajuda à economia” local.
“Foram encontradas soluções para devolver à cidade [dois locais da parte antiga] e ajudar a estimular o centro histórico”, afirmou.
Segundo o autarca, com os dois projetos o município a que preside melhora as condições daquelas duas entidades e mantém a sede da CIM-BSE na Guarda.
“A sede é na Guarda e eu espero que se mantenha na Guarda”, desejou, referindo que os antigos Paços do Concelho voltam a ser “a sede de um poder político-administrativo”, neste caso da CIMB-SE que abrange 15 municípios.
A Comunidade Intermunicipal é constituída por 12 municípios do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e por três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).
O presidente da CVRBI, João Carvalho, referiu na cerimónia de assinatura do contrato de comodato com a Câmara da Guarda que a futura sede da instituição a que preside permitirá dar outra visibilidade aos vinhos produzidos na região.
“A nova sede poderá servir para nos dar uma imagem completamente diferente daquela que temos”, disse.
O responsável desejou que no futuro a CVRBI, que abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e Castelo Branco, em vez de certificar 15 ou 20% dos vinhos produzidos, como acontece atualmente, passe a certificar 90%.
Segundo João Carvalho, a futura sede terá “duas grandes vantagens”: o edifício é “feito à medida” e ficará localizada num espaço onde existe ambiente campestre “que faz parte do mundo dos vinhos”.
