Bruxelas aprova privatização da ANA

A Comissão Europeia deu hoje luz verde à compra da ANA pelos franceses da Vinci. A Comissão Europeia aprovou hoje a aquisição da ANA – Aeroportos de Portugal pelos franceses da Vinci, depois de concluir que a operação de privatização, prevista no programa de assistência financeira, não viola regras comunitárias de concorrência. Os serviços da […]

A Comissão Europeia deu hoje luz verde à compra da ANA pelos franceses da Vinci.
A Comissão Europeia aprovou hoje a aquisição da ANA – Aeroportos de Portugal pelos franceses da Vinci, depois de concluir que a operação de privatização, prevista no programa de assistência financeira, não viola regras comunitárias de concorrência. Os serviços da Concorrência dizem ter analisado os efeitos da compra nos mercados da gestão e concessão de operação de aeroportos, bem como da operação de infra-estrutura aeroportuária em Portugal, e as relações verticais desses mercados com os mercados de serviços de sistemas elétricos, mecânica e serviços de engenharia climáticas, onde a Vinci opera. «A investigação da Comissão concluiu que a operação não levantaria problemas de concorrência», lê-se no comunicado divulgado por Bruxelas. A privatização da ANA , lançada no âmbito do memorando assinado com a ‘troika’, deu a vitória aos franceses da Vinci que irão pagar 3.080 milhões de euros pelo conjunto dos aeroportos nacionais. O vencedor da privatização foi escolhido no final de Dezembro, o contrato assinado no início de Fevereiro, mas só agora a operação poderá ser concretizada. Da verba anunciada de 3.080 milhões de euros, o Governo deverá receber apenas 2.400 milhões, conforme divulgado numa apresentação recente de Vítor Gaspar. Em abril, o ministro das Finanças disse numa conferência no Trinity College, em Dublin, que a privatização representou um encaixe de 1.200 milhões, a que se somam outros 1.200 milhões pelo pagamento da concessão. A diferença diz respeito à dívida consolidada da ANA no valor de 680 milhões, contabilizado para efeitos do valor financeiro total da operação de privatização da empresa, mas não irá entrar nos cofres do Estado português por se tratar de dívida que a Vinci irá assumir.

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