Na corporação de bombeiros da Guarda, a maior do distrito, o peso do trabalho desenvolvido pelos voluntários «é enorme», disse à agência Lusa o comandante Paulo Sequeira.
Segundo o responsável, o voluntariado representa «cerca de 80 por cento» da disponibilidade, garantindo piquetes de prevenção «durante todas as noites do ano e todos os fins de semana» e quando os bombeiros «são chamados durante os restantes períodos do dia para situações de emergência». Aquele corpo de bombeiros «tem 125 elementos, dos quais apenas cinco pertencem à equipa de intervenção permanente e seis elementos ao setor de emergência pré-hospitalar», esclareceu. No caso da Guarda, Paulo Sequeira disse que «o número de voluntários sempre foi superior ao de profissionais», mas assinalou que a existência de equipas de intervenção permanente «melhorou significativamente a rapidez de resposta, pois permite ter alguém disponível para sair de imediato enquanto são chamados os bombeiros voluntários». Quanto à qualidade do serviço prestado, «essa diferença não se faz sentir, uma vez que a formação dos bombeiros voluntários e profissionais é a mesma». «O profissionalismo de todo o socorro é algo impossível de atingir, basta parar e refletir sobre a quantidade de profissionais que seriam necessários para fazer face aos incêndios florestais e qual o custo que [isso] iria representar», observou o comandante.
