A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, na Guarda, adquiriu recentemente duas novas ambulâncias que custaram cerca de 90 mil euros.
A corporação comprou uma ambulância de socorro pré-hospitalar e outra para transportes múltiplos, incluindo de doentes em cadeiras de rodas, com o objetivo de renovar o seu parque automóvel e de prestar um melhor serviço aos habitantes do concelho. “As ambulâncias foram compradas pela Associação com recurso a um plano de financiamento a 4 anos, para melhorar, aumentar e renovar a nossa frota, porque vai-se degradando ao longo dos anos”, justificou ao Jornal A Guarda o presidente da direção Luís Borges. O responsável explicou que a direção dos Voluntários da Guarda não teve ajudas para a compra dos dois veículos, mas o investimento será amortizado com o serviço de transporte de doentes. “A atividade de transporte de doentes trás algum retorno no seu financiamento. Tencionamos pagar o plano de financiamento mensalmente através do recurso ao transporte de doentes, porque é um serviço pago e é com essa faturação que vamos ter verbas para amortizar o investimento”, referiu Luís Borges. O dirigente lembrou que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses tem dificuldades de tesouraria devido a uma dívida da Câmara Municipal da Guarda de cerca de 150 mil euros e do atraso no pagamento de quatro meses da comparticipação da EIP – Equipa de Intervenção Permanente, cujos custos de funcionamento são repartidos entre a Câmara Municipal e a Autoridade Nacional de Proteção Civil. Luís Borges anunciou que “proximamente” irá pedir uma audiência ao novo presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, para tratar estes e outros dossiers que as duas entidades têm em comum. O comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, Paulo Sequeira, disse ao Jornal A Guarda que as novas ambulâncias, que entraram ao serviço há cerca de 15 dias, “eram necessárias” na corporação. “Tivemos um acidente em dezembro de 2012 com uma ambulância de socorro e só agora foi possível substituir essa ambulância que também pode ser destinada a transporte de doentes inter-hospitalares que careçam de cuidados mais específicos em termos de transporte”, justificou. A outra viatura, de transporte de doentes, vem também preencher uma lacuna na corporação. “Tínhamos uma ambulância e passámos a ter uma segunda porque, infelizmente o envelhecimento da população e o número de situações de pessoas com incapacidades físicas tem aumentado e é necessário transportar as pessoas em cadeiras de rodas. Essa situação levou-nos a optar por este veículo, para podermos satisfazer, da melhor forma, o maior número de pedidos efetuados por parte das pessoas do concelho”, disse Paulo Sequeira.