De acordo com as previsões agrícolas do INE, em 31 de julho, deverá haver um aumento global no rendimento de 8% na uva para vinho face a 2014 e de 10% na uva de mesa, já que as condições climatéricas favoráveis, com tempo quente e seco, na maioria das principais regiões vitivinícolas contribuíram para um bom desenvolvimento das vinhas.
Já no caso dos cereais e face à campanha anterior, a produção para o outono/inverno fica aquém das expetativas e deverá sofrer uma redução, “contrariando as expetativas anteriores que apontavam para aumentos de produtividade”, diz o INE.
A aveia e o centeio, acrescenta, deverão ter reduções de produção na ordem dos 5% e 10%, respetivamente, face à campanha anterior e foram as culturas que mais se ressentiram das condições climatéricas pouco favoráveis.
Já a cevada dística, apesar de ter aumentado a produção em 5%, apresenta problemas de qualidade, explica o INE.
O gabinete de estatísticas prevê ainda uma queda das produtividades em 5% nas plantações de batata de regadio, “que ainda assim ultrapassam em 13% a produtividade média do último quinquénio”.
Por sua vez, as plantações de sequeiro, devido à falta de água ao longo do ciclo vegetativo, deverão apresentar reduções dos rendimentos unitários da ordem dos 20% face a 2014.
A área semeada de milho para grão de regadio diminuiu 10% face a 2014, prevendo-se que fique abaixo dos 90 mil hectares, circunstância que já não se verificava desde 2011, e relativamente ao milho de sequeiro a redução da produtividade esperada situa-se em torno dos 10%, face a 2014, devido à escassa precipitação em alturas essenciais do ciclo vegetativo do milho.
As searas de arroz estão bem desenvolvidas, apontando as estimativas para um aumento do rendimento unitário na ordem dos 10% face ao ano anterior, ultrapassando as seis toneladas por hectare.
As variedades precoces de tomate para a indústria já estão a ser colhidas, apontando as atuais previsões para “aumentos significativos”, devendo os rendimentos unitários regressarem a valores acima das 90 toneladas por hectare.
Nas fruteiras, esperam-se aumentos de 20% na produtividade na maçã e de 5% no pêssego, atingindo máximos históricos.
Já quanto à pera, refere o INE, a queda abundante de frutos após o vingamento deverá determinar uma redução na produtividade na ordem dos 20%.