O bispo da Guarda, Manuel Felício, disse hoje ter «muita esperança» no Papa Francisco, esperando que conduza a Igreja Católica por «caminhos renovados» de fidelidade ao Evangelho.
«’Habemus Papam’, com garantias de querer conduzir a Igreja [Católica] por caminhos renovados de fidelidade ao Evangelho e de retoma decidida do Concílio Vaticano II», refere o bispo da Guarda, numa nota enviada esta quinta-feira à agência Lusa. Segundo Manuel Felício, «a Igreja [Católica] e o próprio mundo foram novamente surpreendidos pela eleição do novo Papa, que vem do fim do mundo, como ele próprio disse, mais propriamente da América Latina e de Buenos Aires». O novo Papa é «jesuíta, amigo dos pobres, com prática de grande proximidade às pessoas e grupos sociais, apresentou-se à varanda da Basílica de São Pedro, sem discurso e sem programa, porque o seu programa é o Evangelho e as suas prioridades são as mesmas de Jesus Cristo», acrescenta o bispo da Guarda. «Talvez por isso, escolheu o nome de Francisco, o grande reformador de Assis que foi autêntica lufada de ar fresco, em nome do Evangelho, para dentro e para fora da Igreja [Católica] na sociedade medieval de então», observa. O bispo lembra que também houve «um Francis Xavier, jesuíta como o atual Papa, que soube abrir a Igreja [Católica] a novos horizontes de missão, em terras do Oriente e certamente que esse é o apelo que nos vai continuar a fazer o Papa Francisco». «Sentimos que o seu discurso foi a oração do Pai Nosso pelo anterior Papa e também o pedido de oração sobre si próprio, dirigido à multidão que enchia a praça de São Pedro. E todos entenderam esse pedido», conclui o bispo da Guarda. O cardeal argentino jesuíta Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, foi quarta-feira eleito papa pelos 115 cardeais reunidos em Roma, assumindo o nome de Francisco. Francisco sucede a Bento XVI e é o 266.º papa da Igreja Católica.