O cabeça de lista do PS à Câmara da Guarda, Luís Couto, prometeu hoje criar um centro de produção de energias renováveis, para que as empresas da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) tenham energia mais barata.
“É criar na nossa Plataforma Logística um centro autossustentável de produção de energia, de energias renováveis, que alimente as empresas que estão na PLIE e que se venham a instalar, por forma a que tenham a energia mais barata do que têm hoje”, disse o candidato à agência Lusa no início de uma visita ao edifício dos Paços do Concelho da Guarda.
Luís Couto referiu que a energia, em termos de custos de contexto e de produção, é “a segunda despesa das empresas”, apontando que algumas “têm um custo igual de energia ao custo de pessoal”.
“Isto [o projeto], numa altura em que a energia elétrica está a subir [de preço], que se vê que venha a subir novamente, será uma forma de atrair, também, por aqui, as empresas para a Guarda”, afirmou.
Se for eleito presidente da autarquia, o candidato promete que irá avançar com o projeto, por considerar que é “algo estruturante”.
“Nós continuamos a acreditar, ao contrário de outros, que só infraestruturando o interior é que nós podemos ter desenvolvimento e almejarmos tudo aquilo que queremos, nomeadamente para trazer mais pessoas para a Guarda”, rematou.
A ideia de criação de um centro autossustentável de produção de energias renováveis para servir as empresas da PLIE surgiu após uma reunião com empresários e já foi apresentada ao secretário de Estado da Energia, João Galamba, que aceitou a ideia “de uma forma magnífica” e disse tratar-se de um projeto “que tem pernas para andar”.
Luís Couto disse, ainda, à Lusa que a administração da empresa Dura Automotive, que recentemente reduziu os postos de trabalho, irá manter a unidade fabril em funcionamento “face àquilo que se perspetiva” para a Guarda.
A candidatura do PS também reuniu com o diretor do Centro Distrital de Segurança Social e no encontro surgiu a possibilidade de haver uma parceria entre a instituição e a autarquia para que nas freguesias sejam instalados “postos de atendimento de primeira linha”, para evitar deslocações à cidade.
A autarquia da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com o candidato Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.
Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD obteve 61,20% dos votos e cinco mandatos autárquicos e o PS obteve 23,35% e elegeu dois vereadores.
O município é presidido, desde abril de 2019, por Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi para o Parlamento Europeu.
Na Guarda, além de Luís Couto (PS), são também candidatos Carlos Chaves Monteiro (PSD), Sérgio Costa (independente), Francisco Dias (Chega), Honorato Robalo (CDU), Jorge Mendes (BE) e Pedro Narciso (CDS-PP).
