Pedro Miguel Gonçalves Narciso, de 40 anos, natural e residente na Guarda, exerce a atividade profissional no Centro Hospitalar da Cova da Beira, na Covilhã.
Nas eleições autárquicas de 2017, o agora candidato do CDS-PP à liderança do município da Guarda foi cabeça-de-lista pela coligação “Guarda em Primeiro” (coligação CDS-PP/MPT/PPM) à Freguesia da Guarda.
Pedro Narciso disse esta segunda-feira à agência Lusa que aceitou o desafio para ser o cabeça-de-lista do CDS-PP após perceber que dois dos candidatos já conhecidos representam um modelo de desenvolvimento de continuidade dos últimos oitos anos, que não será “aquele que a Guarda quer”.
“Foi aquele que foi imposto por aquele que foi o presidente da Câmara da Guarda durante seis anos, Álvaro Amaro, e que deixou o rumo da Câmara para rumar a Bruxelas. No fundo, quem está neste momento ao comando da Câmara e quem também almeja lá chegar, são dois elementos que estiveram presentes e que, bem ou mal, nunca manifestaram esse objeto de querer estar noutro rumo. Foram elementos chave da governação de Álvaro Amaro”, justificou.
O responsável também lembra que a candidatura do CDS-PP surgiu porque “não houve espaço” para uma coligação entre o CDS-PP e o PSD.
A candidatura foi agora anunciada, “já com o comboio a andar”, mas Pedro Narciso diz que o partido vai ter que “o agarrar” e procurar ultrapassar os resultados das eleições de 2017.
“Nós temos por base aquilo que foi o património eleitoral de há quatro anos. Há quatro anos foi uma candidatura em coligação, mas tinha o CDS-PP como o grande suporte. Foi uma candidatura que conseguiu chegar perto dos 8%”, referiu.
Este ano, o cenário é diferente, apontando que, “neste momento, concorrem à Câmara da Guarda todos os partidos tradicionais” e existe uma candidatura “que sai de dentro do PSD”.
“Acreditamos que as pessoas que há quatro anos acreditaram que pudesse haver outro rumo para o nosso concelho, aliadas a outras que nestes quatro anos tenham ficado defraudadas com essa escolha, possam então escolher o nosso projeto e que pudéssemos ter um conjunto significativo [de votos] acima dos 8%”, disse.
Em relação a projetos, o candidato do CDS-PP declarou que ainda não é o momento de os referir, pois “ainda é um pouco cedo”, mas mostra-se preocupado com “a perda populacional e a perda de emprego”.
“Ainda que a retórica oficial não seja essa, é muito preocupante, e acho que nos devia colocar num alerta vermelho demográfico e de emprego”, sublinhou.
Pedro Narciso disse que o “vetor fundamental” da candidatura estará relacionado com a apresentação de medidas para fixar pessoas e emprego no território.
O tema da saúde também merecerá a atenção do candidato do CDS-PP, desde logo pelo recente anúncio de um reduzido número de vagas de médicos para a Unidade Local de Saúde.
No atual executivo municipal, o PSD tem a maioria, com cinco eleitos, e o PS tem dois elementos.
Na Guarda, já são conhecidas as candidaturas de Carlos Chaves Monteiro (PSD), Luís Couto (PS), Sérgio Costa (independente), Francisco Dias (Chega), Honorato Robalo (CDU) e Jorge Mendes (BE).
As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.