“A licença solicitada à Direção Geral de Saúde (DGS), através de processo instruído para esse mesmo efeito, foi ontem [segunda-feira] rececionada pelo Conselho de Administração da ULS da Guarda e a Sala de TAC entrou imediatamente em funcionamento”, refere a ULS em comunicado hoje enviado à agência Lusa.
A fonte lembra que a interrupção do funcionamento do aparelho de TAC do hospital da Guarda “teve a ver com o facto de terem sido detetados valores de radiação ligeiramente superiores ao normal” junto ao vidro que separa a sala de TAC da sala dos técnicos.
“Assim que [foi] identificado o problema foram agilizados todos os procedimentos para substituição do vidro, foram efetuadas novas medições pela Medical Consult e remetido o pedido de licenciamento para a DGS”, conclui a nota.
No dia 19 de dezembro de 2016, a direção da ULS da Guarda confirmou a existência de uma fuga de radiação no aparelho de TAC do Hospital Sousa Martins, mas afirmou tratar-se de uma situação que não oferecia “perigosidade” para a saúde.
O presidente do Conselho de Administração, Carlos Rodrigues, explicou em conferência de imprensa que logo que a situação foi conhecida, no dia 16 de dezembro, “por precaução”, foi encerrado o serviço de TAC e foi pedido a duas empresas que medissem as radiações.
No seguimento do alerta, o diretor clínico da ULS mandou encerrar temporariamente a sala, realizando-se desde então apenas exames de TAC excecionais e todos os outros casos foram efetuados numa unidade privada local, com quem a ULS/Guarda tem acordo.
O aparelho de TAC está a funcionar desde 2014, altura em que o Hospital Sousa Martins ocupou novas instalações.
A ULS da Guarda integra dois hospitais (Hospital Sousa Martins – Guarda e Nossa Senhora de Assunção – Seia) e 13 centros de saúde e presta assistência a cerca de 150 mil habitantes.
